A segunda fase do concurso público do município de Quirinópolis, a 290 quilômetros de Goiânia, que visa preencher vagas em vários cargos públicos da cidade, foi suspenso em caráter de urgência a pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O concurso, que estava previsto para ter sua segunda fase aplicada neste sábado (8/12), foi suspenso depois que uma juíza acolheu a tutela de urgência do MP que expõe irregularidades constatadas na primeira fase do certame. De acordo com a promotoria, várias pessoas que não constavam das listas oficiais de inscritos não só fizeram as provas como também foram aprovadas.
Atendendo ao MP, a juíza Adriana Maria dos Santos Queiróz de Oliveira determinou a imediata suspensão do Concurso Público nº 1/2018, do município de Quirinópolis. No pedido de tutela de urgência, o promotor Augusto César Borges Souza relatou que chegaram ao MP diversas notícias denunciando graves irregularidades na realização da primeira etapa do concurso, que é destinado ao preenchimento de vagas e formação de cadastro reserva dos seguintes cargos na prefeitura: agente arrecadador, assistente administrativo, assistente de educação infantil, escriturário, fiscal de tributos municipais, fiscal geral, guarda municipal I, monitor, técnico agrícola, técnico de enfermagem, e profissional do magistério e educação infantil dos anos iniciais (pedagogia).
De acordo com as informações as quais a promotoria teve acesso, diversas pessoas cujos nomes não constavam das listas oficiais de inscritos não só fizeram as provas como passaram a constar da lista de aprovados. Teriam sido muitos os candidatos nesta situação, o que levanta desconfiança sobre a integridade do concurso, na avaliação do MP.
MP apontou irregularidades em seis cargos dos 11 a serem preenchidos no concurso público em Goiás, da cidade de Quininópolis
O promotor do MP, que apresentou a tutela acatada pela juíza, apontou ainda que, do total de 11 cargos a serem preenchidos, em seis deles foram constatadas irregularidades: agente arrecadador, assistente administrativo, fiscal geral, guarda municipal, profissional do magistério infantil e monitor.
Ao aceitar o pedido do promotor, a juíza interpretou que, caso efetivamente comprovados os fatos narrados, eles “violariam patentemente os princípios da isonomia, moralidade e competição, bem como a ampla acessibilidade aos cargos públicos, todos vinculativos para a administração pública”.
Ainda de acordo com a juíza, existem indícios veementes no processo da promotoria de que pessoas que não constavam na lista de candidatos habilitados foram aprovadas no concurso.
A reportagem do Dia Online tentou entrar em contato com a Prefeitura de Quirinópolis, mas não obteve retorno.