O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, deve indicar nos próximos dias o relator da reforma trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) para comandar a área de Previdência Social da nova pasta. Uma secretaria especial deverá ser criada para ficar sob a direção de Marinho. A ideia inicial era que a Previdência ficasse na secretaria de Previdência e Arrecadação, que ficará com o economista Marco Cintra.
O desenho não está fechado, mas fontes informaram que Guedes quer passar com a escolha de Marinho uma mensagem importante de reforço na reforma da Previdência que pode ajudar na negociação com o Parlamento.
Deputado federal pelo PSDB, Marinho não foi reeleito nas eleições passadas, mas Guedes, segundo apurou a reportagem, com a nova indicação, quer dar mais destaque à reforma da Previdência dentro da estrutura do Ministério da Economia para sinalizar a importância da aprovação do endurecimento nas regras para se aposentar no Brasil, medida considerada essencial para a sustentabilidade das contas públicas.
Como relator reforma trabalhista, considerada difícil e impopular, Marinho tem experiência para ajudar nas negociações com o Congresso, que serão necessárias para aprovar a reforma da Previdência. Com uma nova secretaria, o Ministério da Economia terá sete secretarias.
Waldery Rodrigues Junior deve ser indicado para a Secretaria de Fazenda, segundo apurou o Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ele teria como adjunto o atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago, de acordo com o desenho que está sendo montado para a pasta. Waldery hoje é coordenador-geral na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Esteves Colnago é servidor de carreira do Banco Central.
Planejamento
Para a Secretaria de Planejamento, Guedes deve indicar o advogado Paulo Uebel, especialista em direito tributário e financeiro. Uebel foi CEO do Lide e é ex-secretário de Gestão do governo João Doria, em São Paulo. Seu adjunto deve ser o atual secretário executivo do Ministério do Planejamento, Gleisson Rubin.
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o desenho atual do Ministério da Economia contempla a indicação de apenas um secretário executivo, que deve ficar com Marcelo dos Guaranys, que hoje trabalha na Casa Civil.
Guaranys é funcionário de carreira do Tesouro Nacional e já foi diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele integra o seleto grupo de funcionários considerados “super técnicos” da Esplanada pela experiência e conhecimento que possuem e podem transitar em vários órgãos do governo federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.