O ex-advogado pessoal do presidente norte-americano Donald Trump, Michael Cohen, esteve em contato em 2015 com um russo que ofereceu “sinergia política” à campanha eleitoral de Trump e propôs uma reunião entre o candidato à época e o presidente russo, Vladimir Putin. As afirmações constam nos documentos judiciais da equipe do promotor especial Robert Mueller.
Documentos da equipe de Mueller e de promotores de Nova York divulgados na noite de ontem mostram contatos previamente não revelados entre Trump e intermediários russos e sugerem que o Kremlin pretendia, desde cedo, influenciar a campanha de Trump, jogando tanto com as aspirações políticas quanto com interesses comerciais pessoais do então candidato à presidência dos Estados Unidos.
Segundo um dos documentos, Michael Cohen teria mantido contato com uma “pessoa de confiança” do governo da Rússia, que teria oferecido à campanha de Trump “sinergia política” e “sinergia em nível governamental”. O russo teria repetidamente proposto uma reunião entre Trump e Putin, dizendo que o encontro poderia ter um impacto “fenomenal”, “não apenas na política, mas em uma dimensão empresarial também”, dizem os promotores.
Em outro documento, a promotoria afirma que Paul Manafort, ex-chefe da campanha presidencial de Donald Trump, mentiu aos investigadores sobre seus contatos com um funcionário russo e com membros da administração Trump, incluindo em 2018. Fonte: Associated Press.