A juíza Adriana Maria dos Santos Queiróz de Oliveira determinou, nesta sexta-feira (7/12), a suspensão imediata do concurso público da prefeitura de Quirinópolis. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), que pediu a suspensão, foi constatado que pessoas que nem estavam inscritas, fizeram a primeira fase da prova e já aparecem na lista de aprovados. A segunda etapa estava marcada para este sábado (8/12).
No pedido para suspensão emergencial, o promotor Augusto César Borges Souza relatou que chegaram ao MPGO reclamações de graves irregularidades na realização da primeira etapa do concurso, realizada no dia 11 de novembro. Em levantamento levado à promotoria, foi constatado que diversas pessoas que não constavam das listas oficiais de inscritos, fizeram a prova e já foram aprovadas.
Como se tratavam de diversos nomes nesta situação, o Ministério Público pediu a suspensão até que seja comprovada a legalidade do processo seletivo.
Concurso de Quirinópolis apresenta possíveis irregularidades em 6 cargos
O concurso oferta 238 vagas, que contemplam as seguintes cargos: agente arrecadador, assistente administrativo, assistente de educação infantil, escriturário, fiscal de tributos municipais, fiscal geral, guarda municipal I, monitor, técnico agrícola, técnico de enfermagem, e professores para educação infantil.
Do total de oportunidades, 82 são para ampla concorrência e 156 para cadastro de reserva, a serem preenchidas de acordo com as necessidades do município e prazo de validade do processo seletivo. Os salários iniciais variam de R$ 954 a R$ 1.556,25.
Nas denúncias feitas ao MP, dos 11 cargos ofertados, em seis foram apontadas irregularidades, sendo eles: agente arrecadador, assistente administrativo, fiscal geral, guarda municipal, profissional para educação infantil e monitor.
Para a magistrada, caso as denúncias sejam comprovadas, houve “violação patentemente os princípios da isonomia, moralidade e competição, bem como a ampla acessibilidade aos cargos públicos, todos vinculativos para a administração pública”. Ainda segundo Adriana Maria, há fortes indícios de que pessoas que não constavam na lista de candidatos habilitados foram aprovadas no concurso.