Os Estados Unidos tornaram-se exportadores líquidos de petróleo e combustíveis refinados na semana passada pela primeira vez em décadas, um marco simbólico que parecia inimaginável dez anos trás. A marca, detalhada nos dados semanais do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), pode ter vida curta. Ainda assim, mostra que os EUA estão mais perto de conseguir a “independência energética”, conforme a revolução do xisto torna o país um dos maiores produtores de petróleo no mundo e muda o quadro nos mercados globais.
Com o xisto, os EUA têm reduzido sua dependência de fontes externas no setor de energia. Atualmente, o país é o maior produtor global de petróleo e gás natural. Na semana encerrada em 30 de novembro, os EUA exportaram 3,2 milhões de barris de petróleo e cerca de 5,8 milhões de barris de gasolina, diesel, combustível para aeronaves e outros produtos. As importações combinadas ficaram em 8,8 milhões de barris por dia na semana, tornando o país um exportador líquido pela primeira vez desde pelo menos 1973, segundo dados federais.
Muitos analistas, contudo, não esperam que isso dure muito neste ano, mas creem que poderia ocorrer por mais tempo no próximo ano ou em 2020, segundo algumas projeções. De qualquer modo, agentes do mercado ressaltam que o mercado de petróleo e gás é global e interdependente. Fonte: Dow Jones Newswires.