Segundo dados do Ministério da Saúde, Goiás mantém, desde 2014, estabilidade no número de mortes por Aids; no estado, são registrados 3,6 óbitos a cada 100 mil habitantes. Também houve uma redução de 3,3% na taxa de detecção da doença, sendo 14,7 casos para cada 100 mil goianos. Além de Goiás, Piauí também manteve a mesma taxa de mortalidade entre 2014 e 2017.
Cinco estados brasileiros apresentaram aumento e os outros 21 reduziram os casos e mortalidade por Aids, de acordo com novo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado no fim de novembro. Veja a relação abaixo:
Estados que apresentaram aumento
- Rondônia
- Acre
- Ceará
- Rio Grande do Norte
- Mato Grosso do Sul
Estados que apresentaram redução de casos
- Amazonas
- Roraima
- Pará
- Amapá
- Tocantins
- Maranhão
- Paraíba
- Pernambuco
- Alagoas
- Sergipe
- Bahia
- Minas Gerais
- Espirito Santo
- Rio de Janeiro
- São Paulo
- Santa Catarina
- Rio Grande do Sul
- Mato Grosso
- Distrito Federal
Aids no Brasil
No geral, o Brasil comemora os 30 anos de luta contra o HIV e Aids com queda no número de casos e mortes. Essa redução pode ser notada, de acordo com o Ministério da Saúde, graças a “garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.”
Em 2014, a taxa de mortalidade no país era de 5,7 por 100 mil habitantes, já em 2017, eram 4,8 óbitos pelo mesmo número de pessoas. Os novos dados revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de Aids no Brasil. São 40 mil novos casos por ano.
O Boletim mostra ainda que a taxa de detecção de HIV em bebês reduziu em 43% entre os anos de 2007 e 2017, caindo de 3,5 casos para 2 por cada 100 mil habitantes. Segundo o Ministério, “isso se deve ao aumento da testagem na Rege Cegonha, que contribuiu para a identificação de novos casos em gestantes.”
Cerca de 73% das novas infecções de HIV ocorrem entre os homens, sendo que em 70% dos casos eles têm de 15 a 39 anos.
Tratamento da contra a Aids
Até setembro de 2018, 585 mil pessoas com HIV/aids estavam em tratamento no país, que, segundo o MS, oferta um dos melhores remédios do mundo no combate à doença, o dolutegravir. O medicamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ministério da Saúde ressalta que o remédio “aumenta em 42% a chance de supressão viral (que é diminuição da carga viral do HIV no sangue) entre adultos quando comparado ao tratamento anterior, usando o efavirenz”. Hoje, 87% das pessoas com HIV já fazem uso da droga.