O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou estar orgulhoso pela realização da cúpula do G20 na capital do país. Segundo ele, as 17 reuniões bilaterais que teve durante o evento são uma mostra de que “o mundo quer participar, quer se associar com a Argentina”. Macri indicou que os investimentos previstos no país a partir dos acordos fechados chegam a cerca de US$ 8 bilhões, em áreas como energia, infraestrutura rodoviária, mineração e serviços com valor agregado, entre outras.
Macri admitiu em entrevista exclusiva, porém, que a Argentina enfrenta uma deterioração econômica. Segundo ele, o caminho das reformas defendido por ele “é o correto”, por isso o político espera conseguir a reeleição em 2019. Para Macri, a crise que o país atravessa se aprofundou com a desvalorização cambial, que, segundo ele, “foi um desastre”. O presidente admitiu os efeitos das políticas de ajuste de seu governo, em meio a uma inflação que neste ano superará 40%, mas considerou que elas são necessárias para a retomada do crescimento.
Nas pesquisas, Macri aparece empatado com a ex-presidente e atual senadora Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015), que mantém força política apesar de enfrentar processos judiciais. “A maioria dos argentinos não querem voltar ao passado”, acredita Macri, para quem o forte apoio ainda dado a Cristina está baseado em suas políticas populistas.
Macri acredita que a crise se reverterá, mas não quis fazer previsões de crescimento econômico. “Sim, a economia voltará a crescer, com lentidão. Acompanhemos e façamos todo o possível para que seja o mais rápido possível”, afirmou. Fonte: Associated Press.