Em 1967, Chico Buarque fazia sua primeira incursão pelo teatro – uma peça escrita depois de assistir ao espetáculo O Rei da Vela, texto de Oswald de Andrade dirigido por Zé Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina. Não demoraria para, no ano seguinte, sua peça, Roda Viva, estrear no Rio de Janeiro, em encenação dirigida pelo próprio Zé Celso e estrelada por nomes como Marieta Severo, Heleno Prestes e Antônio Pedro.
A repressão que sofreu em apresentações posteriores, em São Paulo e Porto Alegre, fez do espetáculo um marco na resistência à ditadura militar.
Agora, 50 anos depois, Zé Celso volta a apresentar a peça, que estreia no Sesc Pompeia e vai, depois, para o Teatro Oficina, onde seguirá em cartaz até fevereiro (www.teatroficina.com.br).
O trabalho foi, antes de tudo, um marco na linguagem do teatro brasileiro por fazer, por exemplo, um retorno ao coro grego, incorporando-o diretamente na trama do personagem Benedito Silva, músico de sucesso inventado e fabricado pela mídia.
A nova montagem atualiza esse e outros aspectos, trazendo, no elenco, nomes como Roderick Himeros, Gui Calzavara e Joana Medeiros.
210 min. 14 anos. ONDE: Sesc Pompeia. Teatro (774 lug.). R. Clélia, 93, 3871-7700. QUANDO: 5ª (6), 7 e 8/12, 20h; 9/12, 18h. QUANTO: R$ 15/R$ 50.