Não foi a despedida que Lucas Paquetá esperava com a camisa do Flamengo. De malas prontas para a Itália, onde vai defender o Milan, o meia de 21 anos fez a sua última partida pelo clube neste sábado na derrota para o Atlético-PR por 2 a 1, de virada, em pleno estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, pela 38.ª e última rodada do Campeonato Brasileiro.
Na Gávea há 12 anos, Lucas Paquetá não escondeu a emoção ainda na hora do hino nacional e chorou. A cena se repetiu assim que o árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza apitou o final da partida. Desolado, o meia recebeu o carinho dos companheiros e depois foi abraçar os familiares (os pais e a esposa) nas arquibancadas do Maracanã.
“É um sentimento de gratidão eterna. Vou sentir falta do Flamengo, de vestir essa camisa que é muito especial na minha vida, dessa torcida que desde o início me apoiou, me abraçou… Vou seguir minha vida, mas sempre com o Flamengo no meu coração”, afirmou o camisa 11 rubro-negro.
Lucas Paquetá parece que sentiu a despedida e não conseguiu fazer uma boa partida neste sábado. O meia ainda recebeu um cartão amarelo por reclamação no lance da expulsão de Willian Arão. De quebra, viu o Atlético-PR vencer o Flamengo de virada e calar mais de 66 mil pessoas, que vaiaram o time após o jogo. Menos Paquetá.
O meia de 21 anos chegou ao Flamengo em 2006 e foi promovido ao elenco profissional em 2016, mas passou a ser bem aproveitamento a partir do ano seguinte. Ao todo, Lucas Paquetá fez 96 partidas e marcou 18 gols com a camisa rubro-negra.
O técnico Dorival Júnior elogiou o empenho dos jogadores que chegaram ao vice-campeonato e agradeceu ao presidente Eduardo Bandeira de Mello, que está deixando o comando do clube. “Claro que a gente queria se despedir com uma vitória, mas não deu. Paciência”.
Em relação ao seu futuro, o técnico desconversou. “Eu deixo em aberto. Não sei o que vai acontecer. Que sejam felizes os dois candidatos à eleição e que seja o melhor para o Flamengo. Esta é a torcida de todos nós”, finalizou, diplomaticamente.