A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga o médico Wesley Murakami, que atuava como cirurgião plástico e sem registro de especialidade junto ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), suspeito de deformar o rosto de quatro clientes, em Goiânia. As denúncias foram registradas no 4º Distrito de Polícia da capital e são investigadas pelo delegado Carlos Caetano Júnior.
De acordo com as denúncias, após procedimentos estéticos realizados pelo médico, os pacientes ficaram com a aparência completamente deformada. Mesmo sem especialidade médica registrada, Wesley Murakami atende em uma clínica própria, localizada no Setor Oeste.
O delegado responsável informou que uma das denúncias é de seis anos atrás, que já foi encaminhada à Justiça, uma do ano passado e duas de 2018, mas com a divulgação do caso, é esperado que mais vítimas compareçam à delegacia. Na próxima semana testemunhas devem ser ouvidas e no momento os investigadores estão reunindo provas sobre o caso.
O Dia Online tenta contato com o médico. O espaço para pronunciamento a respeito das denúncias está aberto.
Médico com clínica em Goiânia não tem registro de especialidade
Segundo nota enviada pelo Cremego, o médico Wesley Murakami, apesar de inscrito no Conselho desde 2003, não tem nenhuma especialidade médica registrada.
No dia 23 de outubro de 2018, Murakami foi punido com uma censura pública divulgada no Diário Oficial do Estado por infração de aos artigos três artigos do Código de Ética Médica, sendo eles sobre: causar dano ao paciente; deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos do tratamento e anunciar especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina.
O Conselho informou ainda que “todas as apurações de denúncias contra médicos instauradas no Conselho tramitam em sigilo processual, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional (CPEP) Médico em seu artigo 1º”.