No Result
Ver todos os resultados
No Result
Ver todos os resultados
No Result
Ver todos os resultados

Versão de Robin Hood carrega no exagero como forma de chegar à originalidade

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 29/11/2018 às 07:36
Compartilhe no WhatsappCompartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Pinterest

Virou trocadilho infame, que tem sido repetido à exaustão desde que Robin Hood – A Origem estreou nos cinemas dos EUA. Explica-se – o filme teve talvez a pior abertura de um blockbuster do ano. Custou mais de US$ 100 milhões, rendeu a miséria de US$ 4,5 milhões. A partir daí, 11 entre dez resenhas têm feito piadinha. A história do ladrão que rouba dos ricos para dar aos pobres vai lhe roubar duas horas de vida. Haja mau humor. O diretor Otto Bathurst, que venceu o Bafta, o Oscar britânico, por Peaky Blinders e teve mais duas indicações por Criminal Minds e Five Days, não merece tanto desprezo. Seu filme possui qualidades.

Bathurst, de 47 anos, compartilha a estética pop de Guy Ritchie. Faz um Robin Hood para o século 21, com um gostinho de videogame. Filma cenas espetaculares. Os arqueiros disparam suas flechas voando nos ares e as carroças, quais bólidos envenenados, disparam velozes e furiosas pelas pontes e estruturas de madeira da Idade Média. E, como Guy Ritchie, que forjou seu rei Arthur, o poderoso Charlie Hunnam, num bordel, Bathurst filma uma bacanal muito louca – em homenagem a um prelado. Pecadores, arrependei-vos? Não. O lema é aumentem sua cota no inferno.

Leia também

Ana Maria Braga destaca belezas de Caiapônia, conhecida como ‘Capital das Cachoeiras’

Ana Maria Braga destaca belezas de Caiapônia, conhecida como ‘Capital das Cachoeiras’

Cachoeira Bonsucesso

De Pirenópolis à Chapada: um guia das cachoeiras mais incríveis de Goiás

A “origem” no título revela a intenção. Bathurst não conta apenas a gênese do herói, conta também a do vilão, que ocorre ser um vilão da classe trabalhadora. Bernardo Bertolucci – Robin Hood incorpora os temas do herói e do traidor, uma cortesia, ou influência, do argentino Jorge Luis Borges, que curtia muito os mitos anglo-saxões, vale lembrar. Taron Egerton, o garoto de Kingsman – Serviço Secreto, agrega seu entusiasmo juvenil à saga do ladrão da floresta de Sherwood. Na trama, Robin é convocado pelo xerife de Nottingham para lutar nas Cruzadas. Deixa a bela mulher com quem acaba de casar – Marian – e ela, vale destacar, na primeira cena dos dois, está roubando um cavalo pertencente ao futuro marido, que pretende dar a um pobre. A origem da lenda, portanto, é ela.

Depois de um duro aprendizado na guerra, inclusive quando tenta, sem êxito, salvar a vida do filho de um guerreiro mouro, Robin volta para casa. Descobre que sua propriedade foi destruída, seus bens saqueados e a mulher se casou com outro – Jamie Dornan. É o lobo em pele de cordeiro. Will, é seu nome, lidera os mineradores, mas não está muito preocupado com a sorte deles. Só quer pavimentar sua trajetória para se sentar à mesa dos poderosos, um traidor, em suma, logo um vilão. Dornan traz para o lado sombrio do milionário da série 50 Tons. Um acidente vai expor essa sua ambivalência. Entre o herói e o traidor, a mocinha, Eve Hewson – filha de Bono, do U2 -, empodera-se como convém a uma mulher contemporânea e leva a própria luta contra o despotismo.

Pelo exagero assumido, ninguém é louco de fazer uma abordagem a sério de Robin Hood – A Origem, como Ridley Scott tentou fazer em sua recriação da lenda, com Russell Crowe e Cate Blanchett. Mas talvez se devesse, porque existe um aspecto não negligenciável e que talvez ajude a explicar o fracasso do filme. Não, não tem nada a ver com qualidade, ou falta de, mas na concepção de Otto Bathurst a Igreja de Roma, por meio de um cardeal corrupto que se aliou ao xerife para implodir a Cruzada, está indo contra o fundamentalismo cristão que se constitui na base do presidente Donald Trump. Esse eleitorado não quer ver seu prelado numa bacanal nem comprometendo o valor estratégico/espiritual de Jerusalém para a civilização ocidental.

E ainda falta o mouro, Jamie Foxx. O cinema contou muitas vezes a história de Robin Hood – olhe as fotos -, mas é preciso remeter à versão de Kevin Reynolds, de 1991, em que Kevin Costner volta da Cruzada com o mouro Morgan Freeman. Jamie Foxx, o árabe!, é quem forja o herói e fornece o eixo moral do novo Robin Hood. Nada menos contrário ao espírito do tempo. Independentemente das questões, digamos, políticas, a diversão impõe-se.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tags: cinemaestreiarobin hood - a origem

Notícias relacionadas

Luciano Huck agita a região da 44 em Goiânia em entrega do prêmio "Familhão"

Luciano Huck agita a região da 44 em Goiânia em entrega do prêmio “Familhão”

A movimentada região da 44, em Goiânia, um dos maiores polos de moda popular do país, parou na manhã...

Humberto & Ronaldo fazem show gratuito em Goiânia; veja programação

Humberto & Ronaldo fazem show gratuito em Goiânia; veja programação

Os fãs de música sertaneja têm um encontro marcado nesta sexta-feira (29) em Goiânia. A dupla Humberto & Ronaldo...

Siga o Portal Dia nas redes sociais

Sobre o Dia

  • Anuncie no Dia Online
  • Quem somos
  • Expediente
  • Contato
  • Trabalhe Conosco
  • Transmita ao vivo

Editorias

  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Gastronomia
  • Mercado de Trabalho
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • Trânsito
  • Uncategorized
  • Anuncie no Dia Online
  • Quem somos
  • Expediente
  • Contato
  • Trabalhe Conosco
  • Transmita ao vivo

Redes Sociais

© 2025 - Todos os direitos reservados.

Segurança e Privacidade

No Result
Ver todos os resultados
  • Home
  • Últimas Notícias
  • Editorias
    • Cidades
    • Brasil
    • Mundo
    • Política
    • Economia
    • Entretenimento
    • Trânsito
    • Saúde
    • Esportes
    • Educação
    • Gastronomia
    • Mercado de Trabalho
    • Mundo
    • Política
  • DiaPlay
  • Anuncie
  • Contato

© 2025 Todos os direitos reservados.

No Result
Ver todos os resultados
  • Home
  • Últimas Notícias
  • Editorias
    • Cidades
    • Brasil
    • Mundo
    • Política
    • Economia
    • Entretenimento
    • Trânsito
    • Saúde
    • Esportes
    • Educação
    • Gastronomia
    • Mercado de Trabalho
    • Mundo
    • Política
  • DiaPlay
  • Anuncie
  • Contato

© 2025 Todos os direitos reservados.