Pelo menos cinco pessoas foram presas na última quarta-feira (28/11) durante a Operação Ouro Verde, deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), que investiga o desvio e a venda de grãos de soja de produtores da cidade de Goiatuba, por uma empresa de armazenamento da cidade, que pode ter ocasionado um prejuízo a 20 milhões de reais aos produtores.
As investigações foram comandadas pelo delegado Patrick Carniel. Ao Portal Dia Online, o delegado afirma que as investigações não foram concluídas e os presos nesta primeira fase são dois sócios proprietários da empresa e três funcionários. Os suspeitos foram identificados como Sebastião Luiz Oliveira Júnior, 45 anos; Vera Lúcia Vieira Silva Oliveira, 44 anos; Ueslei dos Santos 36 anos; Hugo César Camilo de Sousa, 34 anos, e Dalario Alves Silva, 37 anos.
“A empresa foi contratada para fazer o transporte de soja. No caminho, eles substituíam a nota original por outra com o porto de destino para onde a mercadoria era trasportada”, conta o delegado.
Grupo que agia em Goiatuba desviou e vendeu grãos sem repassar o dinheiro para os produtores
De acordo com Patrick Carniel, essa ação do grupo configura o crime de apropriação indébita, onde o indivíduo obtém a posse da mercadoria com consentimento da vítima. No outro caso, a empresa de armazenamento foi contratada apenas para guardar os grãos, sem ter autorização de compra ou venda da mercadoria. Porém, os envolvidos comercializaram a mercadoria e não repassaram o dinheiro aos donos dos grãos.
“Geralmente esse tipo de crime acontece em um curto espaço de tempo. Os donos da empresa não esperavam que os clientes fossem procurar pelos produtos, mas eles procuraram e descobriram que nos armazéns não tinha mais nenhum grão e o dinheiro não foi repassado a eles”, informou o Partick Carniel.
A empresa é investigada em dois inquéritos. O primeiro por desvio da carga de soja, a empresa desviou mais de 1 tonelada do produto.
E o segundo investiga a empresa por estelionato, apropriação indébita e associação criminosa, pois a empresa vendeu a mercadoria e não repassou o dinheiro aos proprietários dos grãos. Os cincos suspeitos foram levados para à Unidade Prisional de Pontalina e vão responder pelos crimes de apropriação indébita, associação criminosa e estelionato.
O prejuízo para empresa contratante é equivalente a R$ 1.679.388,00.