Candidatos que aguardavam para iniciar a prova da primeira fase da Fuvest neste domingo, 25, estavam confiantes de que o teste pode ser mais fácil neste ano do que nas edições anteriores.
Alguns relataram que as provas mais complexas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vestibulares como o da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) os deixaram mais preparados para o principal processo seletivo para a Universidade de São Paulo (USP).
A estudante Karolyne Elizabeth Ribeiro Mendes, de 18 anos, já fez a prova no ano passado e, neste ano, prestou o Enem e as provas da Unesp e da Unicamp. “Fiz bastante simulado, um ano de cursinho e estou com expectativa de que a prova vai ser um pouco mais fácil.” Ela pretende fazer o curso de Medicina, o mais concorrido do vestibular – as três carreiras mais concorridas são de Medicina: São Paulo (115,2), Ribeirão Preto (108,7) e Bauru (86,9), respectivamente.
O estudante Henrique Ramos, de 22 anos, concorre ao curso de Biblioteconomia e também se sentia preparado para o vestibular. “Foquei na Fuvest neste ano. Fiz todas as provas anteriores (como exercício) e estão bem acostumado com o tipo de prova. A do ano passado foi bem complicada e acho que vai ser tranquilo.”
Mas havia candidatos que apostavam em uma prova mais complicada. “Eu estudei bastante, fiz cursinho, mas acho que a prova pode ser muito mais difícil”, afirma o técnico em enfermagem Caio Viana Silva, de 20 anos.
Ele foi ao local acompanhado pelos pais. “É o sonho dele. Estou confiante, porque a gente sabe do potencial dele”, diz a doméstica Lucimar Maria Viana Silva, de 48 anos.
O estudante Rodrigo Braz de Azevedo, de 17 anos, também recebeu o apoio do pai antes de fazer a prova. Ele, que faz a Fuvest pela primeira vez, pretende cursar Engenharia de Controle e Automação. Azevedo estava tranquilo por já ter feito a prova da Unicamp, de modo que tinha uma experiência de vestibular.
“Já tenho um preparo. Teoricamente, estou na segunda fase da Unicamp. Eu me sinto mais preparado.” O pai, administrador Helson Zuza de Azevedo, de 51 anos, não estava tão calmo. “Estou muito ansioso. A gente torce mais pelos filhos do que pelos nossos objetivos. Família é importante para dar esse suporte.”
A movimentação de candidatos para fazer a prova já era intensa por volta do meio-dia na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e, durante o fechamento dos portões, não houve correria de estudantes atrasados.
No entanto, alguns minutos depois, algumas pessoas começaram a chegar atrasadas, reclamando que foram redirecionadas para o prédio errado pelo GPS. Uma delas foi a estudante Débora Kellen, de 17 anos. Ela conta que saiu por volta das 10h de Itapecerica da Serra, onde mora, mas encontrou trânsito intenso nas imediações da USP.
“Quando estava faltando sete minutos, decidi sair correndo do ônibus. Coloquei o GPS para o prédio da Poli, mas ele mandou para a FEA.” O objetivo dela era cursar Direito.
Prova
A prova tem cinco horas de duração e o vestibular teve 127.786 inscritos. Ao todo, são 8.362 vagas para 183 cursos de graduação. Outras 2.785 vagas serão oferecidas via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação. Assim, ao concorrer a uma vaga no curso escolhido, o vestibulando terá três opções para se inscrever na seleção: Ampla Concorrência (AC), Ação Afirmativa Escola Pública (EP) e Ação Afirmativa Preto, Pardo e Indígena (EP-PPI).
A primeira fase conta com 90 questões, que incluem as disciplinas obrigatórias do ensino médio (Biologia, Física, Geografia, História, Inglês, Matemática, Português e Química).
A segunda fase da prova mudou e passa a ser realizada em dois dias – antes eram três.