Uma escultura em bronze, em tamanho natural, representando Jesus Cristo em um banco de praça, instalada em frente à Catedral Metropolitana do Rio, no centro da cidade, marcou o encerramento da semana de preparação ao Dia Mundial dos Pobres. A obra do escultor canadense Timothy Schmalz chegou ao Rio em setembro e foi inaugurada neste domingo (18), Dia Mundial dos Pobres. A data foi instituída pelo papa Francisco no ano passado.
Doada à Arquidiocese do Rio de Janeiro, a obra foi abençoada pelo próprio arcebispo da cidade, cardeal dom Orani Tempesta, durante ação social que mobilizou mais de mil pessoas.
Na escultura, chamada de Jesus sem Tteto, o artista procura representar a imagem do Cristo todo coberto e deitado em um banco da praça, como se fosse um morador de rua. Para que a obra chegasse ao Rio, foram feitos entendimentos entre a Embaixada do Brasil em Roma e o Vaticano.
O Dia Mundial dos Pobres foi celebrado ontem pela segunda vez, sob o tema: “Este pobre clama, e o Senhor o escuta” (Salmo 34,7). Com a iniciativa, a Igreja católica busca conscientizar sobre a necessidade de combater a pobreza e ajudar os carentes a conquistar dignas condições de vida.
Luta pela sobrevivência
Citando dados do Banco Mundial, a Arquidiocese do Rio destaca que, embora os avanços econômicos mostrem que cada vez menos pessoas vivem em situação de extrema pobreza, ainda há 3,4 bilhões de pessoas – quase a metade da população mundial – que lutam para garantir a sobrevivência.
“Além da ausência de renda, esse quadro é caracterizado também pela privação de direitos básicos, como o acesso à saúde e à educação, ao saneamento básico, à água e à luz”, afirma a Arquidiocese.
No Rio, o Dia Mundial dos Pobres foi precedido por uma semana de preparação, que teve início no último 10, com a celebração da missa O Rio Celebra, presidida por dom Orani na Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Parque União, na Maré. No sábado (17), foi realizado o Fórum do Dia Mundial dos Pobres, que abordou o tema Justiça Restaurativa. Durante a semana, a Arquidiocese promoveu ainda atividades como feiras sociais com as próprias pastorais voltadas para o atendimento social; apresentação de painel sobre a questão do encarceramento feminino no estado do Rio e realização do encontro ecumênico O que A Fé Tem a Dizer sobre a Relação com os Pobres.