A Secretaria do Estado da Cidadania do Estado de Goiás (SECCIDADA) lançou na manhã desta segunda-feira (19/10) a “Campanha 21 dias de Ativismo pelo fim da violência contra a Mulher”. O lançamento foi feito no Museu Zoroastro Artiaga, no Centro de Goiânia e contou com a presença de representantes do Conselho Estadual da Mulher (Conem).
O Secretário da (SECCIDADA) Murilo Mendonça conversou com o Portal Dia Online e afirmou que “infelizmente a violência contra a mulher não depende apenas de um ato governamental, para evitá-la, que é preciso mudar essa questão cultural”.
De acordo com o secretário, em julho deste ano o governador José Eliton (PSDB) assinou um decreto em que criava um grupo para debater, a violência contra a mulher em Goiás. A partir da criação do grupo, a secretaria tem trabalhado para inserir o debate na sociedade.
Homens denunciados por violência contra mulher são obrigados a participar de grupo
A campanha começa amanhã e vai até o próximo dia 10 de dezembro. “Um grupo reflexivo foi criado com apoio do poder judiciário, para que homens que cometeram violência contra a mulher participem, para não voltar a cometer o crime e os números são positivos, pois o número de reincidência é quase 0”, conta o secretário.
Segundo o secretário, o grupo é obrigatório, uma vez que o agressor pode ser preso pelo crime de violência contra mulher. Entre outras ações da (SECCIDADA) foi feita uma parceria com o Ministério do Trabalho (MT) para que as mulheres vítimas da violência, possam se qualificar e ter sua independência financeira.
“É preciso introduzir esse debate de forma incisiva, para mudar essa situação principalmente no Estado de Goiás, para diminuir esse número vergonhoso de feminicídio e de violência contra a mulher”, afirma o secretário. Durante os dias da campanha, ela vai ser levada para outros bairros de Goiânia e também para outras cidades do Estado.
A história de 25 mulheres vítimas de feminicídio
No início do mês o Portal Dia Online fez um levantamento com o número de feminicídios registrados no Estado e mostrou a história de pelos menos 25 mulheres, que foram mortas pelos companheiros. Com o mês de outubro com o maior número de casos registrados.