Manifestantes franceses mantiveram neste domingo os protestos contra o aumento do imposto sobre os combustíveis, que já deixaram 409 feridos, dos quais 14 em estado grave. O grupo, que bloqueou no sábado rodovias em todo o país, seguia impedindo o tráfego de veículos em 150 localidades espalhadas pela França, informou o Ministro do Interior francês, Christophe Castaner.
Segundo ele, a situação era “agitada”, com “agressões, lutas, golpes de facas” ocorrendo, inclusive entre os manifestantes. O ministro informou que 157 pessoas foram detidas para interrogatório – o dobro do número relatado sábado à noite.
O alvo original dos protestos – aumentos de impostos sobre o diesel e a gasolina – foi ampliado para incluir o menor poder aquisitivo dos franceses e reclamações sobre as políticas do presidente Emmanuel Macron, que até agora não comentou sobre as manifestações.
A alta do imposto faz parte da estratégia do presidente francês, Emmanuel Macron, para reduzir a dependência do país dos combustíveis fósseis. Mas muitos veem a medida como emblemática de um governo desconectado das dificuldades econômicas enfrentadas pela população e que serve aos mais ricos.
Diferentemente do habitual, os manifestantes não foram liderados por sindicatos, e políticos foram evitados, embora alguns membros da direita e extrema-direita tenham se juntado aos bloqueios.
Fonte: Associated Press