O advogado Rodrigo Roca, que defende Sergio Cabral (MDB), classificou a decisão pela prisão domiciliar de Carlos Miranda de “consagração de um plano diabólico que perverte o ideal da Lei da Delação Premiada, o sistema processual penal brasileiro e tudo o que a Justiça representa”. Ele afirmou que esta data “será lembrada pela infâmia”.
Preso há dois anos, Miranda, operador financeiro confesso do esquema de corrupção atribuído ao ex-governador, e seu delator, foi libertado neste domingo, 18, para cumprir prisão domiciliar. A expectativa da defesa era de que Miranda saísse da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na sexta-feira, 16. Mas houve problemas burocráticos e a liberação atrasou.
Apelidado de “o homem da mala de Cabral”, função que desempenhou no primeiro mandato do ex-governador (2007-2010), Miranda conseguiu redução de pena por colaborar com a Justiça.