A Prefeitura de São Paulo utilizou até quinta-feira, dia 15, só 5% do orçamento para este ano com conservação e manutenção de viadutos e pontes. Enquanto a previsão era de R$ 44,7 milhões, foram gastos R$ 2,4 milhões, segundo dados de execução orçamentária do Município.
Em nota, a Prefeitura ressalta que a o orçamento empenhado (gasto autorizado, mas ainda não pago) é maior do que o do ano passado, com aumento de R$ 2,9 milhões para R$ 9,5 milhões. Afirma, ainda, que o Programa de Recuperação de Pontes e Viadutos foi retomado em 2017 após de “ter sido paralisado pela gestão anterior”.
Em fevereiro, o então secretário de Serviços e Obras (hoje da pasta de Subprefeituras), Marcos Penido, enviou documento sobre a situação dos viadutos ao Tribunal de Contas do Município (TCM). Ele respondia a questionamentos feitos pelo órgão sobre o edital de projetos de recuperação dessas estruturas. O TCM apontou falta de dados técnicos e disse não abranger todos “os serviços necessários e/ou decorrentes das obras.”
No documento, Penido disse que “não havia recursos para arcar com todos os custos”, o que fez a gestão optar por 33 estruturas para serem recuperadas. Lembrou ainda do “estado de abandono que se encontram as pontes e viadutos da cidade de São Paulo, com sério risco à população.” O edital só foi publicado no último dia 9, após liberação do TCM. A estrutura que cedeu na pista expressa da Marginal Pinheiros não estava nessa lista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.