Enquanto se prepara para lançar, em 2019, um disco só de composições inéditas de Gilberto Gil, Roberta Sá se junta ao bandolinista Hamilton de Holanda em show. A seguir, ela fala sobre as apresentações, que devem privilegiar clássicos da MPB.
Como surgiu a ideia do show com Hamilton? A gente fez uma turnê por cidades dos Estados Unidos. Eu e ele somos da mesma geração e temos uma afinidade muito grande, mas nunca montamos juntos um repertório. Decidimos oficializar esse show porque houve uma demanda, as pessoas queriam ver a gente junto. É uma troca que tem a ver com a fluidez da relação. Hamilton é um músico brilhante.
O que o público vai escutar nos shows? Nos Estados Unidos, ensaiamos coisas na estrada. Hamilton ia tocando o bandolim no carro, no banco de trás, e ele ia me perguntando se eu gostava de determinada música. Uma que funcionou muito é ‘Só Louco’, de Dorival Caymmi. Outra que a gente faz junto é ‘De Frente pro Crime’ (João Bosco e Aldir Blanc). Pode entrar coisa até no camarim. Temos a liberdade de conversar e fazer o que estamos a fim naquele dia.
Um formato desse, com apenas voz e um instrumento, exige mais de você? É diferente, e eu acho que a plateia também se coloca em outro lugar de atenção. É outro tipo de profundidade. Fazendo um desses shows com Hamilton, até respirar a gente respirou junto.
ONDE: Teatro J. Safra (627 lug.). R. Josef Kryss, 318, Barra Funda, 3611-3042. QUANDO: 6ª (16) e sáb. (17), 21h. QUANTO: R$ 50/R$ 160. Cc.: todos. Cd.: todos.