Cerca de 50,75% dos pacientes atendidos pela Saúde de Goiânia são de outras cidades do estado, o que sobrecarrega o sistema de saúde municipal, de acordo com relatório apresentado pela secretária de Saúde, Fátima Mrué, à Comissão de Saúde, presidida pelo vereador Paulo Daher, na Câmara Municipal de Goiânia. A reunião ocorreu na terça-feira (13/11). Do total de pacientes que recebem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apenas 49,25% residem na capital.
Nos primeiros quatro meses de 2018 foram feitas em Goiânia 45.436 internações hospitalares, sendo 25. 698 para cirurgias e 19.447 clínicas. Ainda de acordo com os dados, o município atende 82% dos casos de urgência da cidade, que deveriam ser feitos pelos hospitais de urgência. A secretaria afirma que a situação sobrecarrega as unidades básicas que são intermediárias e não hospitalares.
Em relação ao número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no primeiro quadrimestre surgiram cerca de mil novas vagas de internação. Dado positivo que se mantém desde de 2017, segundo o relatório, que defende ainda que a prefeitura segue cumprindo orientação do Ministério da Saúde de cobertura de quase 100% do serviço de atenção básica de saúde em Goiânia.
Prestação de contas da Saúde de Goiânia
A prestação de contas da Secretaria de Saúde à Câmara Municipal de Goiânia é prevista na legislação e abrange o montante e fonte dos recursos aplicados no período apresentado em relatório, bem como auditorias e a oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada.
“Conseguimos melhorar o serviço de saúde da nossa Capital em muitos aspectos, temos ainda muitos desafios, mas acreditamos que todas as medidas que já foram aplicadas na nossa gestão trouxeram bons resultados”, explica Fátima Mrué, que defende que a prestação de contas “é importante para garantir a transparência da atual gestão junto ao legislativo e ao cidadão goiano.”
Ao todo, segundo o relatório, a Saúde Municipal conseguiu atuar com equilíbrio financeiro de pelo menos 3 milhões por mês, graças ao controle mais rígido de todos os contratos realizados com os prestadores.