A família de Luís Felipe Ribeiro, de 7 anos, morto após ser baleado durante brincadeira com uma espingarda, decidiu doar os órgãos do menino, levados para duas crianças de São Paulo e Distrito Federal. O corpo de Luís foi enterrado nesta quarta-feira (14/11), em São Patrício, em Goiás.
Luís brincava com a arma em Carmo do Rio Verde, interior de Goiás, quando a tragédia ocorreu. Os órgãos do menino serão doados para duas crianças de São Paulo e do Distrito Federal.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou que foram encontrados receptores compatíveis para receber os rins e o fígado do menino.
O corpo de Luís Felipe foi velado em Carmo do Rio Verde, sob forte comoção de familiares e amiguinhos. Depois, foi sepultado em São Patrício.
Segundo o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), em Goiânia, Luiz teve morte cerebral na segunda-feira (12).
Baleado durante brincadeira
Luiz brincava com dois coleguinhas – um de 10 e 2 anos – na noite do último sábado (10/11), em uma chácara em que o padrinho dele morava, em Carmo do Rio Verde.
Os três estavam sozinhos em um quarto enquanto a família preparava o aniversário do avó, que completaria 62 anos. Os meninos pegaram uma espingarda e, quando Luiz derrubou a arma, houve o disparo que o acertou na cabeça.
O delegado Matheus Costa Melo, que investiga o caso, não atendeu a ligação do Portal Dia Online.
Para o G1, o delegado resumiu: “O que a gente apurou até agora é que havia três crianças brincando em um quarto velho nos fundos da chácara. A arma, uma espingarda, ficava sobre a mesa. As crianças estavam brincando com a arma e, ainda não sabemos como, um deles levou o tiro.”
O delegado ainda explicou que, com a morte do menino, o dono da arma deve responder por homicídio culposo. “Com o falecimento da criança, o dono da arma poderá responder por um eventual por homicídio culposo, além de omissão de cautela e posse irregular de fogo, já que não havia registro. Já foram ouvidos o dono da arma, a esposa e agora. Com a morte do menino, vamos esperar passar o luto da família para dar prosseguimento às investigações”, afirmou.