O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, viajou na última segunda-feira para Madri para resolver problemas particulares. O mandatário, no entanto, aproveitou a ida à Europa para se reunir com representantes da Emirates em Londres.
Será a segunda tentativa recente de Andrés para acertar patrocínio master e naming rights da arena com a principal companhia aérea dos Emirados Árabes. A diretoria do Corinthians se reuniu há algumas semanas com representantes da empresa na América do Sul, mas não houve acordo. Segundo a reportagem do Estado apurou, a empresa entendeu que não era o momento de a marca ser atrelada ao Corinthians.
Andrés agora fará essa nova tentativa de fechar um pacote com a Emirates para estampar o nome na camisa e também marcar a arena, inaugurada há quatro anos e que só de financiamento tem um custo mensal ao clube de R$ 5,9 milhões.
O Corinthians não possui patrocinador master desde abril de 2017 – o último foi a Caixa Econômica Federal. O acordo iniciado em 2012 rendeu R$ 120 milhões no período, com três renovações. Na decisão da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, no jogo de volta, o clube acertou contrato pontual com a General Motors, fabricante de automóveis.
Um novo patrocinador ajudaria o Corinthians a sair do buraco financeiro. No último balancete, referente aos oito primeiros meses do ano, o Corinthians apresentou um déficit de R$ 21 milhões. Houve um aumento de 22% no déficit em comparação a julho, quando o número era de R$ 17,3 milhões. No total, a dívida chega a R$ 504 milhões.
Apesar dos números, o clube acredita que conseguirá fechar o ano no azul por causa dos R$ 20 milhões que recebeu pelo vice da Copa do Brasil e outras receitas vindas de patrocínios pontuais. Em agosto, o futebol do clube teve superávit de R$ 3,9 milhões e o que fez a dívida aumentar foi o departamento social e os esportes amadores que, juntos, causaram um déficit de R$ 25,1 milhões.