O volante Allan não escondeu a alegria por conceder sua primeira entrevista coletiva pela seleção brasileira. Primeiro jogador a se apresentar ao time de Tite, ainda no domingo, o jogador do Napoli era só sorrisos no contato com os jornalistas e admitiu que vivia frustrado a cada convocação que não incluía o seu nome.
“A cada lista eu criava uma expectativa muito grande e ficava um pouco triste quando não via meu nome”, afirmou Allan, nesta segunda, em Londres. “Sei que o Brasil tem muitos jogadores de qualidade em todo lugar do mundo. E tinha a consciência de que precisava dar algo mais.”
A estreia na lista de convocados aconteceu desta vez para os amistosos com Uruguai e Camarões, na sexta-feira e na próxima terça, em Londres e na cidade de Milton Keynes, respectivamente. Será os dois últimos jogos da seleção neste ano.
“Quando vi meu nome na convocação foi um momento maravilhoso. Comemorei muito com minha esposa e meus filhos. É o sonho máximo na vida de um jogador.” Empolgado, Allan já avisou que a camisa que eventualmente usar em algum dos dois amistosos já tem dono. Ela vai dar de presente para a esposa Thaís.
Ele acredita que a convocação aconteceu no momento em que apresenta boa evolução em campo, em comparação às temporadas anteriores na Europa. “Hoje me considero um jogador mais bem preparado dentro de campo e um ser humano mais maduro. Vivo o momento mais feliz da minha carreira.”
Allan, de 27 anos, atua no futebol italiano há sete anos. Defende o Napoli desde 2015. Antes jogou na Udinese. Em solo brasileiro, atuou no Vasco, onde foi formado na base, junto do Madureira.
No Napoli, vive boa fase, na esteira das atuações do time, sob o comando do técnico Carlo Ancelotti. “Até o ano passado nós jogávamos no 4-3-3, como a seleção, e eu fazia sempre o meio-campista da direita. Esse ano estamos jogando no 4-4-2, com dois alinhados no meio. O importante é que eu tente dar meu máximo quando tiver oportunidade, não importa a posição. Quero sair com a sensação de dever cumprido para depois não me arrepender. Venho me preparando bastante para esse momento”, comparou o jogador.
O bom desempenho em campo, aliado aos sete anos atuando na Itália, levaram a boatos de que Allan teria sido convidado para defender a camisa da seleção local. Mas ele negou qualquer convite, nesta segunda. “Eu soube pela internet, nunca cheguei a conversar com um membro da seleção italiana”, afirmou.