Várias assembleias inesperadas de sindicatos aeronáuticos que pedem aumentos salariais provocaram nesta quinta-feira o cancelamento de ao menos 150 voos da Aerolíneas Argentinas e de sua controlada Austral, o que afetou cerca de 15 mil passageiros. Entidades que representam pilotos, técnicos e pessoal em terra, entre outros, se reuniram em assembleias desde o início do dia em aeroportos de Buenos Aires e em terminais de várias cidades, pedindo que as empresas apliquem uma alta automática de salários para compensar a inflação.
O presidente argentino, Mauricio Macri, questionou a atuação sindical e pediu que os funcionários dialoguem para que a Aerolíneas Argentina possa “voar o antes possível sem pedir dinheiro ao Estado”. Macri comentou que a empresa enfrenta maior necessidade de financiamento, devido, entre outras coisas, ao avanço do preço do petróleo. Ele afirmou que ela deve se sustentar por si mesma, para que a população argentina “não tenha de colocar dinheiro todos os meses para que funcione”.
Os protestos sociais têm aumentado na Argentina, em um contexto de queda na atividade econômica, mais demissões e avanço constante dos preços. Espera-se que a inflação no fim do ano esteja em cerca de 45%. Fonte: Associated Press.