O empresário Edison Brittes, conhecido como “Juninho Riqueza”, que confessou ter matado o jogador Daniel Freitas, ex-atleta do São Paulo e Coritiba, foi transferido na tarde desta quinta-feira, 8, para o Centro de Triagem I, em Curitiba. A mulher dele, Cristiana, e a filha, Allana, foram encaminhadas para a Penitenciária Feminina, em Piraquara, na região metropolitana da capital. Eles cumprem prisão temporária pela morte do atleta no dia 27 de outubro e estavam detidos na Delegacia de São José dos Pinhais.
Antes de serem levados para os novos locais de detenção, Edison, Cristiana e Allana passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. A transferência tripla acontece no mesmo dia em que os jovens David Willian Villero Silva, de 18 anos, e Igor King, de 20, se apresentaram à polícia. Eles se juntaram a Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, de 19, preso na tarde de quarta-feira, 7, em Foz do Iguaçu e também devem ser transferidos, após serem ouvidos pela polícia.
Os três jovens tiveram a prisão decretada nesta quarta sob suspeita de ligação com o crime, já que estavam no veículo em que o corpo foi levado para o local de desova. O advogado Allan Smaniotto, que defende os suspeitos, afirmou em coletiva, que os jovens foram coagidos a entrarem no carro. “O que eu posso dizer agora é que eles estavam com medo, foram ameaçados e coagidos pelo Edison”, comentou.
O promotor do caso, Milton Sales, disse, porém, que a ação foi planejada. A família do jogador Daniel também foi à polícia. Os parentes não deram depoimento para a imprensa. Até as 17h30, eles continuavam na delegacia.
O caso
O crime aconteceu na noite de 27 de outubro, quando, após a comemoração do aniversário de 18 anos de Allana em uma casa noturna de Curitiba, um grupo de amigos foi até a casa da família Brittes, em São José dos Pinhais. Lá, Daniel chegou a fazer fotos deitado ao lado da mulher de Edison, o que teria provocado a sua morte.
O empresário alegou que ele estava tentando estuprar sua mulher, mas a versão foi descartada pela polícia. O empresário, a mulher e a filha serão indiciados por homicídio e coação de testemunhas. Segundo laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), o atleta morreu por causa de ferimentos com arma branca – além de ter seu pênis decepado, Daniel teve parte de seu pescoço cortado.