As escolas municipais de Goiânia devem receber, ainda este ano, uma campanha de prevenção à violência contra a mulher. A ação é projetada pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres de Goiânia, juntamente com Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Goiás. O objetivo é, além de combater a incidência de agressões, prevenir novos casos.
O projeto está em desenvolvimento, mas deve ser iniciado ainda em 2018, com a entrega de informativos e materiais didáticos nas escolas da capital. Já a Coordenadoria da Mulher disponibilizará palestras psicoeducativas feitas por assistentes sociais e psicólogas, e também o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica.
Na manhã desta quinta-feira (8/11), a presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher, a desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, e a secretária Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres de Goiânia, Ana Carolina Almeida, se reuniram para definir ações da campanha.
Casos de violência contra mulher em Goiânia
De janeiro a setembro deste ano, foram registradas 3.185 ocorrências de violência contra mulher, em Goiás. Os dados estatísticos de crimes de violência doméstica e familiar são da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), divulgados por meio do Painel Estratégico de Segurança do Estado. No mesmo período do ano passado, foram comunicados à polícia 3.671 casos.
Goiânia ficou em destaque com o maior número de casos nos nove meses, sendo registradas na capital do estado 468 ocorrências, o que corresponde a 19,1% do valor total. Em segundo está Luziânia, com 11,6% (283 ocorrências), seguida de Formosa, com 10,8% (265 ocorrências) e Anápolis com 10,5%, sendo 258 registros. Também aparecem na lista: Itumbiara, com 251 casos ; Rio Verde – 227; Águas Lindas – 186; Iporá – 181; Cidade de Goiás – 174 e Porangatu, com 156.
De acordo com o levantamento, também até setembro, foram computados 25 casos de feminicídio no estado, além de quase 50 tentativas. As vítimas tinham de 14 a 54 anos e foram assassinadas pelos ex ou atuais companheiros.