A síndrome de Down, também conhecida como síndrome do cromosso 21 , você já conhece. Mas você já ouviu falar da Biblioteca Asdown? Bom, caso não tenha ouvido falar dela, o Portal Dia Online traz agora para você o que é este projeto, idealizado pela Bibliotecária Keyla de Farias e mestranda do curso de comunicação, mídia e cultura da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Keyla conta que há 15 anos frequenta a Associação Down de Goiás (Asdown) e fez um levantamento dentro da associação, onde verificou a ausência de políticas voltadas para cultura dentro da associação.
A bibliotecária ressalta que a ideia do projeto se deu com o mestrado, mas que na verdade quem teve a ideia “foi minha irmã e eu acabei implantado ela na Asdown, porque tenho uma sobrinha portadora da síndrome”.
A mestranda da UFG diz que o projeto não é apenas para fazer com que os portadores da síndrome tenham acesso somente aos livros. Ao implantar a biblioteca na associação “a intenção é desenvolver atividades culturais e por meio delas os meninos se desenvolvam no âmbito da leitura, participando de vários exercícios, para a partir daí desenvolver o cognitivo deles”, conta.
Associados da Asdown e doações pelas redes sociais
De acordo com Keyla, atualmente a associação possui 700 associados. E que a mudança de presidente contribuiu para a implantação da biblioteca. O projeto foi apresentando à diretoria da associação e as mães dos associados, que aceitaram a iniciativa.
Keyla conta que com aceitação do projeto, foi cedida uma sala na Asdown para montar a biblioteca e através das redes sociais conseguiram doações de materiais e ajuda financeira com a comunidade, dentro da UFG com alguns professores, o que possibilitou a reforma do local.
Além do dinheiro arrecadado para a reforma da sala onde a biblioteca será montada. A idealizadora do projeto afirma que “já temos uma quantidade expressiva de livros, que nos foi doada e tudo que adquirimos até o momento, foi pelas redes sociais”.
A bibliotecária revela que falta adquirir alguns materiais específicos. Para conseguir estes materiais irá buscar verbas para comprá-los e assim poder trabalhar com os meninos. Keyla comenta que “a intenção é fazer com que a biblioteca da Asdown, seja uma biblioteca de referência para estudos científicos e pesquisas no desenvolvimento da síndrome de down.”
Inclusão Inversa
A intenção de Keyla é promover uma inclusão inversa, ela explica que ao invés da sociedade simplesmente aceitar o portador da síndrome de down nas escolas regulares, a sociedade passe a aceitar o portador num todo, não apenas em uma instituição.
De acordo com a bibliotecária “ao levar a biblioteca para o mundo deles, ou seja, para associação, a sociedade vai começar a participar, a conhecer o que é a Asdown, pois vão conviver mais com os portadores da síndrome e vão perceber todas às suas dificuldades e que assim como todo ser humano tem limitações, então a sociedade vai perceber que eles também tem condições de avançar”.
Keyla afirma que a implantação da biblioteca é apenas o primeiro passo, que a partir do momento que forem promovidas oficinas, atividades cientificas e culturais, não apenas os pais, mas toda sociedade irá participar e conhecer mais sobre a síndrome de down.