O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou na manhã desta quarta-feira (7/11) a Operação Pacto de Silêncio, que investiga o envolvimento de Policiais Militares do Estado de Goiás (PMGO) no desaparecimento de Pedro Henrique Rodrigues, de 22 anos, em agosto deste ano.
Pedro Henrique foi preso em 2017 por tráfico de drogas, mas respondia o processo em liberdade, quando foi abordado por PMs dentro de sua residência, em Goiânia. Em entrevista à Tv Anhanguera, a família contou que os policiais torturaram Pedro enfiando a cabeça dele em um balde de água, e o agrediram com socos e chutes até ele ficar desacordado. Segundo a família, os PMs envolvidos na ocorrência colocaram a vítima na viatura, alegando que iriam levá-lo para receber atendimento médico.
A operação acontece em parceria com a corregedoria da PM, cumpre nove mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão. Entre os presos estão sete soldados e dois tenentes que são investigados pelo desaparecimento de Pedro, assassinato e ocultação de cadáver.
Porta Voz da PM diz que própria corporação levou os policiais para o MP
O Coronel Marcelo Granja, Porta Voz da PM, afirmou ao Portal Dia Online que os policiais militares envolvidos na abordagem foram conduzidos pela própria corporação até a sede do Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre o caso.
“Agora eles vão ficar presos no presídio militar e o MP tem 30 dias para ouvi-los, uma vez que suas prisões são preventivas”, informa o Coronel.
O Coronel contou que logo após o fato, a própria corporação instaurou inquérito policial militar para investigar o caso.