Uma das meninas que nasceram ligadas pelo tórax e abdômen morreu na última terça-feira (6/11), em Salvador. A mãe das crianças chegou a Goiânia para o parto no Hospital Materno Infantil (HMI), feito com sucesso no dia 22 de agosto deste ano.
O cirurgião pediátrico Zacharias Calil, uma das referências no assunto, antes de eleito deputado federal, fez o parto. “Uma delas nasceu com cardiopatia e precisa fazer cirurgia”, adiantou ele minutos após o parto, ao Portal Dia Online.
A mãe e o pai das meninas vieram da Bahia para Goiânia em busca de um parto seguro, já que o tipo de parto é considerado de alto risco.
As gêmeas siamesas nasceram unidas pelo tórax morreu na manhã desta terça-feira (6), em Salvador. A pequena Débora, que sofria com problemas cardíacos e hidrocefalia havia passado por três cirurgias.
Débora tinha ido para a Maternidade Climério de Oliveira, em Salvador. Segundo informações da família, a menina passou por uma cirurgia 19 de outubro. Na ocasião, os médicos implantaram uma válvula cardíaca para melhorar a frequência dos batimentos do coração, a respiração e para possibilitar a retirada da intubação endotraqueal – para que ela pudesse respirar sem ajuda de aparelhos.
A outra menina, Catarina, segue internada na Maternidade Climério de Oliveira. A mãe das meninas, Viviane Menezes, não quis comentar a morte de Débora, mas informou que Catarina está bem.
Gêmeas nasceram na 37ª semana de gestação, em Goiânia
Débora e Catarina nasceram na 37ª semana de gestação e tinham o fígado juntos.
A mãe das gêmeas é moradora de Salvador. O parto, no entanto, ocorreu no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, no dia 22 de agosto, porque a cidade possui um centro de referência para casos de siameses. As gêmeas Catarina e Débora nasceram unidas pelo tórax e barriga.
Além do procedimento de separação da irmã e de uma cirurgia cardíaca, Débora também já tinha sido submetida a uma cirurgia para tratar quadro de hidrocefalia, doença que provoca o acúmulo de água no cérebro, no dia 20 de setembro.
Logo após o nascimento, as crianças foram separadas em cirurgia que durou cerca de 4h30. Pelo menos 15 profissionais, entre médicos, enfermeiros.