O São Paulo se manifestou pela primeira vez de forma pública sobre a insatisfação do meia Nenê com a condição atual de reserva da equipe. No último domingo, o jogador não saiu do banco durante o empate por 2 a 2 com o Flamengo, pelo Brasileirão, e acabou indo embora do Morumbi com cara de poucos amigos e bem antes dos demais companheiros.
Na última terça, durante evento de um lançamento do filme “Onde A Moeda Cai em Pé: A História do São Paulo Futebol Clube“, o ex-zagueiro Lugano, hoje diretor de relações institucionais do clube, criticou a postura do camisa 10, mas também ponderou ao citar a importância do jogador para a campanha da equipe nesta temporada.
“Já joguei com Nenê. Conheço muito bem. O mesmo biquinho que faz no São Paulo, ele fazia comigo no Paris, fazia no Catar, fazia sempre. Quando Nenê chegou ao São Paulo, já veio com isso… No pacote Nenê está incluído o biquinho quando não joga”, afirmou o uruguaio, reforçando o que a reportagem do Estado relembrou nesta quarta a respeito de problemas anteriores de Nenê pelo mesmo motivo: a dificuldade em lidar com a reserva.
“Obviamente, se eu jogasse e hoje fosse parte do vestiário, talvez ele faria menos, porque eu teria muito mais autoridade para antecipar esse momento. Porque não deixa de ser uma situação que vocês, imprensa, gostam de falar, e ele dá assunto. Mas, dentro do clube, sabemos muito bem desde o momento em que chegou ao São Paulo como ele é, importante e grande profissional. Foi importante neste ano para o São Paulo”, comentou Lugano.
Lugano viveu situação semelhante na última temporada
O uruguaio vivenciou situação parecida no ano passado, quando passou quase a temporada toda no banco de reservas. A diferença é que ele já não tinha para o time a mesma importância que tem Nenê, um dos artilheiros do São Paulo em 2018, com 12 gols.
“Ele vai ser muito importante, mas é um jogador de 37 anos e, como todo jogador dessa idade, está na última etapa da carreira e tem de entender isso. Futebol é intenso, físico, dinâmico e agressivo. No ano passado, eu passei por uma situação ainda muito pior e tive de assimilar. E assim é com todos jogadores do mundo quando vai chegando a idade”, completou Lugano.