Perder um ente querido não é fácil, mas ele pode de certa maneira continuar “vivo” ao salvar a vida de outra pessoa, através da doação de órgãos. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) por meio do Centro Estadual de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO) divulgou balanço de doações de órgãos efetivas para transplantes no Estado, em relação ao ano passado e o número registrado é o maior de toda a série histórica.
Segundo a coordenadora de Captação de Órgãos e Tecidos da Central Estadual de Transplantes de Goiás (CET), Katiuscia Christiane de Freitas, o número divulgado inicialmente era de 71 doações efetivas de órgãos em todo o Estado, em 2018
Ainda segundo a coordenadora, no último final de semana o número subiu para 73, batendo recorde, em Goiás. Ainda pode ser superado, a dois meses do fim de 2018.
“O aumento representa mais esperança para os pacientes que estão na fila aguardando por um transplante e é capaz de melhorar a qualidade de vida dos pacientes que recebem os órgãos”, explica Katiuscia. “O aumento é devido o momento de conscientização que a população goiana passa nos últimos anos, em torno do tema”, complementa.
Mesmo com o recorde da doação de órgãos para transplantes, ainda existe muita resistência para que familiares liberem órgãos para doação. Segundo os dados da CET, existe pelo menos 62% de negativas.
Transplantes de rins registrados este ano é maior do que em 2017
Em Goiás foram feitos transplantes de rins, córneas e fígado. Transplantes de outros órgãos estão começando a ser implantados no Estado. Em 2018, foram transplantados 134 rins, número é superior ao registrado no ano passado com um total de 113.
“O ato de doar um órgão é uma atitude de Amor pela família mesmo no momento de dor que passa ao perder um ente querido”, acredita.
De acordo com a coordenadora, o CET faz a captação de diversos órgãos como: fígado, pulmão, rins e coração, mas nem todos são para pacientes do Estado de Goiás, muitas vezes por não encontrar um paciente compatível, os órgão são enviados para pacientes que aguardam na fila de outros Estados.
Katiuscia agradece à imprensa pela divulgação, pois através dela, está sendo possível conscientizar mais as famílias “até por que hoje não basta você ter escrito na carteira de identidade que é doador, tem que falar com a família, e a imprensa tem sido de suma importância, pois cada vez mais as pessoas estão falando sobre o assunto e se conscientizando sobre o tema e por isso o número é o maior registrado de toda série histórica”.