Um laudo do Instituto Adolfo Lutz confirmou, nesta segunda-feira, 5, a febre amarela como causa da morte de um morador do município de Cunha, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, o homem trabalhou em uma fazenda em Caraguatatuba, no litoral norte, local provável da contaminação.
Conforme a Vigilância Epidemiológica, moradores e frequentadores dessa região foram vacinados, mas o paciente teria se recusado a tomar a vacina. Depois de apresentar sintomas da doença, ele foi internado no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde foi registrado a morte.
Desde o início de janeiro deste ano até o dia 23 de outubro, o Estado registrou 498 casos autóctones confirmados da doença. Destes, 172 evoluíram para óbito. Em todo o ano passado, foram 74 casos autóctones, com 38 mortes. Com a proximidade do verão, a febre amarela volta a preocupar, já que aumenta a procura pelas áreas de matas e cachoeiras, povoadas por mosquitos potencialmente transmissores da doença.
No litoral norte, foram registrados 11 casos e três mortes em Ubatuba, além de um caso que resultou em morte no Guarujá. No interior, as cidades com maior número de casos são Mairiporã (152 casos e 33 mortes), Atibaia (48 casos e 10 mortes), Nazaré Paulista (29 casos e 12 óbitos) e Ibiúna (15 casos e 10 mortes). Na Região Metropolitana de São Paulo, Guarulhos registrou 23 casos com 13 mortes e a capital, 13 casos e 6 mortes.