O índice de inadimplência do Itaú Unibanco, considerando atrasos acima de 90 dias, foi a 2,9% no terceiro trimestre, acima do indicador visto nos três meses anteriores, de 2,8%. Há um ano, entretanto, foi vista melhora uma vez que estava em 3,2%.
A piora da inadimplência do Itaú foi ocasionada, conforme informa o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, pelas operações no Brasil, uma vez que o indicador na América Latina melhorou. Enquanto localmente, o indicador passou de 3,4% ao final de junho para 3,5% em setembro, na América Latina, baixou de 1,5% e 1,3%, nesta ordem.
O aumento dos calotes, conforme o Itaú está relacionado ao segmento de grandes empresas no Brasil. “Esse aumento da inadimplência de grandes empresas ocorreu devido à rolagem de clientes que se encontravam em atraso entre 15 e 90 dias no trimestre anterior e que migraram para a parcela acima de 90 dias e que já estavam adequadamente provisionados. Não houve concentração em cliente ou setor específico”, acrescenta o banco, em relatório.
Contudo, a instituição enfatiza a melhora de 0,3 ponto porcentual (p.p.) na inadimplência da carteira de micro, pequenas e médias empresas no Brasil. O banco acrescenta ainda que, na América Latina, a redução da inadimplência ocorreu, principalmente, em função da operação no Chile, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
No Brasil, a inadimplência de pessoas físicas apresentou melhora de 0,6 ponto porcentual em 12 meses, de 5,1% para 4,5%, e a inadimplência de micro, pequenas e médias empresas apresentou melhora de 1,5 p.p., de 4,9% para 3,4%, registrando o menor patamar desde a fusão entre Itaú e Unibanco.
O presidente do Itaú, Candido Bracher, destaca, em nota à imprensa, que a melhoria dos indicadores de inadimplência das pessoas físicas e das micro, pequenas e médias empresas no Brasil ao longo do ano tem evidenciado a qualidade da originação de crédito da instituição nesses segmentos.
O índice de inadimplência de curto prazo, que compreende atrasos entre 15 e 90 dias, fechou setembro em 2,6%, abaixo do visto ao final de junho, de 2,7%. No Brasil, houve redução em todos os segmentos. Na América Latina, o aumento no trimestre ocorreu, principalmente, em pessoas jurídicas no Chile e na Colômbia.