Depois de um assassinato nas proximidades do Chorinho, o produtor cultural do tradicional evento de música brasileira e goiana, Carlos Brandão, contradiz os críticos e afirma que a atividade não vai acabar em frente ao Grande Hotel, na Avenida Goiás, no Centro de Goiânia.
Um adolescente de 16 anos foi morto a tiros durante uma edição do Chorinho na noite desta sexta-feira (26/10). De acordo com informações de testemunhas, o crime tem características de execução.
Por volta das 21h um homem em uma moto chegou o local e atirou três vezes contra o jovem. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas o adolescente não resistiu aos ferimentos. Segundo a corporação, o jovem não portava documentos pessoais, assim não foi possível identificá-lo e nem confirmar a idade.
De acordo com o produtor cultural Carlos Brandão, da organização do Chorinho, o evento conta com viaturas da Polícia Militar que passam com frequência na Avenida, mas ainda assim algumas pessoas “vão só para praticar violência”.
Para o Portal Dia Online, Brandão culpa uma “biqueira” bem perto do local em que é feito o Chorinho. “Querem culpar o evento pela violência, mas essa buqueira, com uso e tráfico de drogas, funciona de segunda a segunda”, ressalta. “Na sexta-feira é óbvio que vai aumentar. Ali perto levam som e colocam o que querem, marcam brigas”, diz.
“Chorinho não vai acabar”
Brandão ironiza tentativas de boicote ao evento por meio das redes sociais. “Isso é coisa de produtor que não consegue produzir nada e fica jogando pedra. Fico irritado com quem fala que tem que acabar. O artista que propõe acabar com o chorinho comete o mesmo que o cara que atira em outro”, compara.
“Chorinho não vai acabar por causa de violência. Nas minhas mãos, a alegria não perde para a violência. A cidade não pode perder esse espaço para o crime”, diz. Para ele, nem o,2% de retardado que vai lá brigar. Podiam acertar as contas na casa deles e não no Chorinho”, sugere Brandão que termina: “Não vou ceder para este tipo de loucura, mesmo que morram 50. Espero que as autoridades desta cidade melhorem a iluminação, coloquem câmera de segurança, por exemplo.”
Ainda segundo produtor, toda sexta-feira tem uma viatura da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana, diz ele.
Programação para novembro de 2018
Dia 2: Patocan Diego Mascate Grupo Dengo
Dia 9: Grupo Voz do ChoroThayná JanaínaFernando Boi
Dia 16: Fred Praxedes Choro Quarteto Uirá PaivaGilberto Correia