Em seu último capítulo com a seleção brasileira, Falcão mostrou um pouco do desempenho que o consagrou durante as duas décadas que vestiu a camisa verde e amarela. Sem o mesmo físico de antes, mas com a genialidade inabalável, o craque marcou dois golaços para definir a vitória do País sobre o Paraguai por 4 a 2, no amistoso disputado neste domingo, em Jaraguá do Sul.
Foi a 258.ª aparição de Falcão com a seleção. Aos 41 anos, o maior jogador de futsal de todos os tempos deixa um longo legado de conquistas com a camisa do País. Ao longo de 20 anos, o craque conquistou 29 títulos, com destaque para o bicampeonato mundial em 2008 e 2012.
A emoção tomou conta do astro ainda no hino nacional, em que ele não conseguiu conter as lágrimas. E não demorou para que Falcão premiasse os cerca de 10 mil presentes, que lotaram a arena em Jaraguá, com um golaço.
Logo aos três minutos, Falcão aproveitou roubo de bola no campo de ataque, recebeu na área e, com um toque de gênio, venceu o goleiro ao finalizar de letra. Não bastasse marcar em sua despedida, o gol fazia o astro alcançar um número histórico, afinal, foi o seu 400.º pelo Brasil.
Nos minutos finais da etapa inicial, Walex ainda faria o segundo. Mas as atenções estavam mesmo todas voltadas para Falcão, que mostrou toda sua vontade no intervalo. “Fico feliz demais de encerrar da melhor maneira possível, mas quero mais. É difícil, desde o café, a preleção. Mas é bom quebrar isso do gol 400 logo. Agora, quero mais um”, disse ao SporTV.
E Falcão teria mais. Mas não sem antes o Paraguai dar emoção à partida. Com dois gols marcados rapidamente, a seleção visitante empatou a partida e ameaçou estragar a festa para o craque.
Mas ele não deixaria. Faltando apenas sete minutos para o fim, Falcão recebeu na linha de fundo e, mesmo pouco ângulo, aproveitou o quique da bola para encobrir o goleiro, marcando outro golaço. Jé, no último segundo, ainda selaria o placar para a seleção.
Com o cronômetro zerado, as atenções voltaram-se para Falcão, que ajoelhou no centro da quadra para agradecer à torcida. Ele também foi carregado nos ombros pelos companheiros, antes de receber homenagens até do Paraguai, que lhe deu uma camisa com o número 12, com o qual se consagrou ao longo da carreira.