Dois suspeitos de matar e jogar o corpo de Rosângela Corrêa Lima, de 54 anos, no córrego Cascavel, no Jardim América, em Goiânia, foram identificados na noite de quinta-feira (25/10).
Dois maiores e um menor teriam participado do crime. Policiais militares cruzaram informações e solucionaram o crime menos de 24 horas depois de o corpo da vítima ser encontrado quarta-feira (24/10), quatro dias depois de ter desaparecido.
Para os PMs e, depois, para o delegado responsável pela investigação, Ernani Cazer, os dois informaram que armaram uma arapuca para Rosângela, que trabalhava como vigiadora de carros, por causa de uma dívida de R$84.
Os dois policiais que identificaram o grupo conheciam o trio – um foi preso, o segundo apreendido porque tem 15 anos e um terceiro fugiu.
“Eles falaram com informantes que deram dicas. Os policiais chegaram ao menor, que confessou sua participação e indicou os outros envolvidos”, disse.
Caio Rodrigues Morais Silva, de 18 anos, confessou em vídeo que uma dívida da vítima teria motivado o crime. “Outro conhecido como Maranhão está foragido”, complementa o delegado.
O delegado explica que os suspeitos chamaram a vítima para consumir droga em uma residência abandonada. “Quando ela chegou, eles cobraram dinheiro, mas ela não tinha e, por isso, a mataram”, diz. “Eles realmente planejaram o crime e não demostraram arrependimento.”
Segundo o delegado, a perícia constatou sangue no local do crime. “Ela estava de costas quando um deles acertou a paulada na cabeça dela. Quando a vítima tentou levantar, o Maranhão (que está foragido) enfiou uma faca em sua nuca.”
O adolescente foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DEPAI).
Assista ao vídeo:
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Relembre o caso de mulher jogada de poste em carrinho de supermercado
Rosângela, que foi vista pela última vez no último sábado (20/10) por volta das 21h, foi encontrada enrolada em cobertores e sacos de lixo preto dentro de um carrinho de supermercado em uma vala no córrego Cascavel, debaixo da ponte da Avenida C-12, no Jardim América, em Goiânia.
A Polícia suspeita que o corpo foi jogado de cima da ponte dentro do carrinho. “Ter encontrado o corpo foi um alívio para nós, amigos e familiares”, diz Mônica de Castro.
Mônica parece não acreditar que a amiga divertida foi assassinada com tanta crueldade. “Ela faz muita falta e por isso deixou todo mundo abalado desde o desaparecimento. A família está um pouco perdida também”, complementa Mônica.
O delegado responsável pela investigação, Ernane Cazer, adiantou informações com as quais pretende elucidar o assassinato. “Vamos ouvir a família inicialmente porque tem elementos e, por isso, temos expectativa de que sejam suficientes para afirmar a autoria. Como ela era usuária de drogas, vamos levantar quem andava com ela, por exemplo”, revela o delegado.
Segundo a família, o corpo dela sofreu pancadas de paulada e pelo menos uma facada na nuca. “Ela tem alguns hematomas no rosto”, conta o primo de Rosângela, Leonardo Guimarães Neto, 28 anos. Ele ainda classifica o crime como “horrível” e acredita que tenha sido um assalto. “Ela saiu de casa e não retornou. Foi assassinada e teve o celular roubado. Ela adorava confeitar, cozinhar”, lembra.
Mulher assassinada em Goiânia era usuária de drogas
Conforme uma vizinha contou ao Dia Online, a vítima, depois de não conseguir escapar do vício das drogas, passou a vigiar carros próximo a um bar da região do Jardim América. “Perdemos uma pessoa muito especial”, lamenta, sem se identificar.
Em uma postagem no Facebook, uma amiga agradeceu o apoio aos amigos e familiares após a confirmação da morte de Rosângela: