A Praça Doutor Pedro Ludovico Teixeira, nossa tão querida Praça Cívica, representa o marco inicial da construção de Goiânia. Muita gente não sabe, mas ela foi a primeira praça a ser construída na cidade, ainda no ano de 1933, e atualmente representa um de nossos mais belos cartões postais.
Por ali é possível encontrar diversas estruturas marcadas pelo projeto arquitetônico e urbanístico da cidade, que conta com o estilo de art déco. Um dos principais exemplos é o Palácio das Esmeraldas, considerado como o mais significativo bem cultural da cidade. Desde sua criação se transforma na casa oficial do governador de Goiás, sendo que o ex-governador Pedro Ludovico Teixeira foi seu primeiro morador.
No local também é possível encontrar o Palácio Pedro Ludovico, que é o antigo Centro Administrativo, responsável por toda a administração de finanças do estado. Também como símbolo da art déco, não poderíamos deixar de mencionar o Museu Zoroastro Artiaga, que foi fundado em 1946 e possui um enorme acervo formado por documentos históricos, objetos relacionados a índios que viviam na região e utensílios antigos.
Ah, e o que falar sobre o Monumento às Três Raças? A escultura pode ser encontrada em sua total exuberância bem ao centro da Praça Cívica. Com sete metros de altura, foi esculpida pela artista Neusa Morais em 1968, com bronze e granito. É uma homenagem à miscigenação do estado, representando as etnias negra, branca e indígena. Dá para acreditar que tantas preciosidades podem ser encontradas no mesmo lugar?
Praça Cívica é sinônimo de história goiana
Projetada por Attílio Corrêa Lima, a ideia original era de que a Praça Cívica fosse um polo de irradiação para compor a capital que estava nascendo, em um modelo radiocêntrico. Ela foi desenhada no ponto mais alto da cidade, o que lhe garantiria destaque, visibilidade e posicionamento estratégico, o que era muito importante, já que o local também seria a casa do Palácio das Esmeraldas.
No que tange seu aspecto funcional, foi projetada também com áreas de convivência, contemplando duas fontes luminosas e uma área destinada para edificações. O restante da praça foi destinado à circulação, como forma de conectar os futuros bairros que surgiriam nas imediações.
Todo o complexo foi concluído no ano de 1933, que por sinal, foi o mesmo ano em que Pedro Ludovico Teixeira lançou a pedra fundamental de Goiânia. É exatamente por esse fator que a praça é conhecida como o marco inicial da construção de nossa querida capital.
Mas vale lembrar que não faz muito tempo que a praça passou por um intenso processo de revitalização. Durante certo período ela sofreu com o abandono e já não representava um local seguro e de lazer para os goianienses.
Visando resgatar suas características inicias, bem como dar novas utilidades para seus edifícios, a reforma durou 18 meses e foi entregue em 2016. A praça ganhou calçamento novo, uma recuperação paisagista, e ainda ganhou novos quiosques e uma fonte luminosa. Sem dúvida, o projeto foi capaz de aproximá-la do real objetivo e de seu projeto original. Hoje, além de visitantes apaixonados por Goiânia, também recebe eventos e feiras que fomentam a cultura local.