Em greve desde a última terça-feira (23/10), os servidores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) voltaram ao trabalho hoje (25/10), após repasse para quitação dos pagamentos feito pela Secretária Estadual de Saúde de Goiás (SES). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindisaúde), os funcionários da unidade estavam sem receber há quase 20 dias, por conta do atraso no repasse da verba.
De acordo com a SES, foi repassado ao Instituto Gerir, OS responsável pela gestão do Hugo, R$ 2,5 milhões para que a folha de pagamento dos servidores fosse colocada em dias. A secretaria informou ainda que nos próximos dias novos repasses, recebidos pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), devem der feitos com o objetivo de normalizar todo o atendimento no hospital, principalmente o abastecimento da farmácia e também o pagamento dos serviços terceirizados.
Em relação a novas paralisações, como prevê o Sindisaúde, a SES informa que respeita a decisão do sindicato e entidades de classe, mas explica que novos pagamentos continuarão sendo feitos nos próximos dias, para que, gradativamente, o fluxo de recursos para o Hugo seja normalizado nos últimos dois meses de 2018.
Secretaria define ações prioritário para o Hugo
No dia 16 de outubro, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) definiu ações prioritárias para garantir o funcionamento do Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo). Segundo a secretaria, as medidas, que vão além daquelas já estabelecidas no Contrato de Gestão com a OS que administra a unidade, fazem parte de acordo entre a Secretaria e os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE).
A SES se comprometeu a observar com rigor o perfil do pacientes a serem atendidos no hospital, considerando a interdição feita pelo Ministério do Trabalho, “a fim de que ingressem na unidade exclusivamente pacientes que podem ser suportados pelos serviços disponíveis.” Para isso, a SES informa que já encaminhou um ofício ao complexo regulador municipal e estadual, pedindo o cumprimento do Plano Emergencial.
Ficou acordado ainda que deve ser mantido o “abastecimento de medicamentos e insumos, na quantidade e qualidade necessárias ao atendimento de sua demanda; pagamento de salários dos trabalhadores vinculados à prestação de serviços em saúde; prestação de informações aos pacientes, trabalhadores e sociedade acerca dessas ações prioritárias.” Esses repasses para manutenção dos insumos devem ser feito pela Sefaz.