Eduardo Rodrigues Siqueira, de 46 anos, que cumpria pena na Penitenciária Odenir Guimarães (POG) em Aparecida de Goiânia, pela morte do também preso Leonardo Rodrigues Pareja, foi morto nesta terça-feira (23/10) dentro do presídio. De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele voltava do banho de sol quando foi agredido por outros três detentos com um objeto perfurante improvisado, conhecido como ‘chucho’.
Os presos que mataram Eduardo já foram identificados. Em nota, a DGAP informou que ele foi atacado “pelos presos Diego Martins da Silva, Cleyber Antonio Nicolau e Antonio Camargo dos Santos”. Logo após o ocorrido, Eduardo chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e lavado para o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), “mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito”. A diretoria esclareceu ainda que “foi determinada abertura de sindicância para apuração dos fatos e a Polícia Civil vai instaurar inquérito policial para investigar o homicídio”.
Morte de Leonardo Pareja
Eduardo cumpria pena pela morte de Leonardo Pareja, conhecido por comandar uma rebelião no antigo Centro Penitenciário de Goiás (Cepaigo) que teve a duração de seis dias. Pareja ainda conseguiu fugir do presídio com seis reféns, mas foi recapturado um dia após o motim, no interior de Goiás. Antes disso, em 1995, Leonardo havia sequestrado uma adolescente de 16 anos, sobrinha do então senador Antônio Carlos Magalhães, em Salvador, na Bahia. Um mês depois, após passar por três estados, ele se entregou à polícia.
Pareja, conhecido por debochar e se esconder facilmente da polícia, foi assassinado em 1996, também por outros detentos, após comunicar à polícia um possível plano de fuga por um túnel cavado na unidade prisional. Eduardo, Eurípedes Dutra Siqueira, José Carlos dos Santos, Ivan Cassiano da Costa e Raimundo Pereira do Carmo Filho foram condenados pelo crime. Juntas as penas somavam mais de 40 anos de prisão.