O Canadá legalizou a partir de hoje (17/10) o uso recreativo da maconha. Pela lei, os canadenses podem comprar e cultivar. A discussão se estende no país há dois anos e integrou a plataforma de campanha eleitoral do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em 2015.
Desde 2001, o uso da maconha era autorizado para fins medicinais. O Senado do Canadá aprovou a legalização do uso recreativo da maconha em junho.
Pelas normas, os canadenses precisam ter 18 anos para comprar maconha. Porém, há províncias que elevaram a exigência da idade para 21 anos, como Quebec. Não é autorizado fumar em locais públicos.
É permitido o porte de até 30 gramas por pessoa e o cultivo de quatro plantas em casa. Em algumas províncias, há limites para o lucro, como Newfoundland, que fixou em 8% o total.
O Canadá se tornou o segundo país do mundo a legalizar o uso da maconha para fins recreativos, depois do Uruguai, que adotou a medida em 2013.
Outros casos de liberação da maconha
Duas nações europeias, o Reino Unido e a Lituânia, tomaram decisões semelhantes na última quinta-feira, (11/10), ao legalizar a maconha para uso medicinal. Ambos argumentaram que a medida visa a ampliar o tratamento médico para seus cidadãos.
A medida será aplicada na Inglaterra, em Gales e na Escócia, informou o ministro britânico em um comunicado no qual ressaltou que, com ela, não será aberto um caminho a uma legalização da maconha para fins recreativos.
“Minha intenção sempre foi assegurar que os pacientes possam acessar o tratamento médico mais apropriado”, explicou. Mas “sempre indiquei claramente que não tenho nenhuma intenção de legalizar o uso recreativo da cannabis”.
Vários casos de pessoas doentes que se tratam ilegalmente com ajuda de produtos derivados da maconha – entre eles o de duas crianças que sofrem de epilepsia e consomem azeite de cannabis – se destacaram nos últimos tempos, alimentando o debate sobre a autorização da maconha terapêutica.
*Com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha