O ex-vigilante Lincoln Gonzaga de Oliveira, de 62 anos, e sua mãe, a aposentada Iranilda Gonzaga de Oliveira, de 81, causaram choque nos moradores da rua onde moravam, no Bairro Feliz, região central de Goiânia, ao serem encontrados dentro de casa com os corpos já em decomposição, na manhã do último domingo (14/10). Segundo relatos de vizinhos, Lincoln tinha problemas mentais e cuidava da mãe, que havia sofrido de AVC, já há algum tempo.
A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) apura o caso e não descarta nenhuma hipótese. Mãe e filho não eram vistos desde a última quarta-feira (10/10).
Os corpos foram descobertos por uma vizinha, que estranhou o cheiro forte que vinha da casa. Em entrevista a um jornal local, a comerciante Vanusa Borges de Lima, de 45 anos, que mora ao lado da casa das vítimas, relatou que por volta das 10h de domingo sentiu o odor característico quando abriu a janela do seu quarto.
Estranhando a situação, ela conta que subiu numa escada no muro para tentar olhar dentro da casa de Lincoln e Iranilda. Ela diz que viu a janela meio aberta, cuja grade já estava repleta de moscas.
Vanusa tentou falar com alguém dentro da casa, mas ninguém atendeu. Foi então que ela decidiu acionar a Polícia Militar (PM). Ao constatar a situação, uma equipe do Corpo de Bombeiros também foi chamada, para arrombar o portão.
De acordo com a polícia, o corpo do ex-vigilante estava em uma cama no quarto, e o de sua mãe caído no chão do banheiro de outro quarto. Ambos já estavam em estado de composição e com mau cheiro.
De acordo com o delegado Marco Aurélio Euzébio, da DIH, os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) para a confecção do exame de laudo cadavérico, que deve revelar a causa da morte. Lincoln apresentava secreções que saíam da boca, que vão ser examinadas em um laudo pericial. Dentro da casa não foram encontradas substâncias que poderiam ser consideradas veneno.
Vizinhos contam que Lincoln sofria de problemas mentais
Segundo informações de vizinhos a um jornal local, Iranilda, que era massoterapeuta, passou a ser cuidada pelo filho depois de sofrer um acidente vascular cerebral e ficar debilitada. Entretanto, segundo os moradores da rua, Lincoln tinha mania de perseguição e mostrava comportamento agressivo.
De acordo com uma moradora do bairro que conhecia mãe e filho, Lincolm, com o tempo, não deixava ninguém entrar para ver a mãe, e às vezes tinha alucinações de que a casa estava pegando fogo.
Certa vez, ainda segundo a moradora, Lincoln teria tentado agredir uma vizinha