Uma mulher, de 39 anos, que não teve o nome divulgado, foi presa depois de abortar e ser atendida, na noite do último domingo (14/10), em um hospital na cidade de Caldas Novas, na região sul do Estado de Goiás.
O delegado da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Wllisses Valentim, informou ao Portal Dia Online que funcionários da Maternidade Amor e Esperança chamaram a polícia quando identificaram que a mulher havia interrompido a gestação de três meses.
“A paciente veio com muito sangramento com três ou quatro meses. Ela perguntou para as enfermeiras se no exame de sangue revelaria o remédio abortivo, ou seja, ela confessou que usou medicação abortiva. O bebê já estava formadinho, respirando e mexendo”, revelou ao Portal Dia Online a diretora-geral da Maternidade Amor e Esperança, Luciana Castro. O bebê, do sexo feminino, foi levado para o Instituo Médico Legal (IML).
Depois, a mulher contou à equipe ter tomado quatro comprimidos abortivos e, por isso, se sentia mal.
Depois de abortar, mulher foi ouvida
O delegado aguardou todo o procedimento médico ser finalizado para dar voz de prisão e encaminhá-la para a delegacia, onde prestou depoimentos e pagou cerca de dois salário mínimos.
Para o delegado Wllisses Valentim, a mulher contou que abortou porque tem três filhos e não tem condições de criar outra criança. Quando contou ao pai da criança que estava esperando um bebê, ele a abandonou.
O delegado do caso confirmou que a mulher foi presa em flagrante, mas foi liberada depois de pagar a fiança.
Valentim lembrou que, diferente deste caso, a delegacia dele registrou outro em que uma mulher abortou e jogou o feto em cima do telhado de casa.
Projeto para legalizar o aborto tramita no congresso nacional
O deputado federal Jean Wyllys do PSOL, apresentou o projeto de lei número 882/2015 em que prevê a interrupção da gestação durante as 12 primeiras semanas. No entanto, o projeto ainda não foi votado e é discutido também pelo Supremo Tribunal Federal (STF).