O comandante do Exército, geral Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, assinou na terça-feira, 9, portaria para a criação do primeiro Colégio Militar de São Paulo, que deve começar a funcionar em 2020.
O sistema Colégio Militar do Brasil conta com 13 unidades em diversos estados do País, com turmas para os anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e médio. Atualmente, estudam nessas escolas 15 mil jovens, filhos de civis e militares.
Há duas formas de ingresso nos Colégios Militares: por concurso e por amparo regulamentar. Os concursos são realizados, anualmente, para o 6º ano do Ensino Fundamental e para a 1º ano do Ensino Médio, sendo que, a cada ano, concorrem, em média, 22 mil candidatos, dentre dependentes de militares e civis. O ingresso por amparo, especificado em regulamento, destina-se a atender aos dependentes de militares, que sofrem os reflexos das obrigações profissionais de transferências dos pais, em razão das peculiaridades da carreira.
O desempenho dos alunos das escolas do Exército em avaliações nacionais é superior ao restante das escolas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a média é maior até do que a dos alunos de escolas particulares. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador de qualidade no País, dos colégios militares é 6,5 (do 6º ao 9º ano do fundamental). O das escolas estaduais, 4,1.
No entanto, contam com orçamento muito superior ao das escolas públicas regulares. São R$ 19 mil por estudante, por ano, gastos pelo Exército nas 13 escolas existentes – que têm piscinas, laboratórios de robótica e professores com salários que passam dos R$ 10 mil. Enquanto o setor público investe, em média, R$ 6 mil por estudante do ensino básico anualmente.