Nenhum marqueteiro, cientista político ou comentarista de Facebook conseguiria prever a renovação política que passaria o Brasil nas eleições deste ano, principalmente em relação aos políticos goianos.
O Ex-governador de Goiás e ex-senador da República, Marconi Perillo (PSDB), não conseguiu eleger o seu sucessor, o então governador Zé Eliton (PSDB), nem mesmo eleger-se senador. Perillo ficou em quinto lugar, com apenas 7,55% dos votos.
Interlocutores, o advogado e o próprio Perillo, suspeitam que a derrota para Vanderlan Cardoso (PP) e Jorge Kajuru (PRP) tenha sido motivada pela deflagração da Operação Cash Delivery a nove dias do pleito, que prendeu o coordenador de campanha de Zé Eliton e um dos tesoureiros das campanhas de 2010 e 2014 de Marconi.
De confiança de Perillo, outro que perdeu mandato foi o deputado federal, Giuseppe Vecci (PSDB). Mané de Oliveira (PSDB), também de base “marconista”, pai do radialista assassinado Valério Luiz, foi outro que não conseguiu reeleger-se para uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).
O também radialista Sandes Júnior (PP) não conseguiu votos suficientes para o mandato de deputado federal. Mas a grande surpresa das eleições 2018, no entanto, foi a derrota de Lúcia Vânia (PSB), uma das mais atuantes senadoras no Congresso Nacional.
Daniel Vilela (MDB) também não voltará a Brasília em 2019 para a diplomação na Câmara Federal. Ele foi incentivado pelo pai, Maguito Vilela (MDB), a tentar vencer as eleições ao Governo de Goiás, mas ficou em segundo lugar na disputa, com grande diferença de Ronaldo Caiado (DEM), que venceu no primeiro turno com 59% dos votos.
Demóstenes Torres (PTB), que desde a pré-campanha discursava com otimismo, que primeiro cedeu vaga ao Senado para Marconi Perillo e Lúcia Vânia, também saiu derrotado, não sendo eleito deputado federal.