A Feira Hippie é um dos principais centros de compras e vendas não apenas do Brasil, mas também da América Latina. Não é preciso andar muito para encontrar pessoas vindas de todos os cantos do país, atraídas pela variedade de produtos oferecidos no ambiente, e claro, também por seu custo-benefício.
Presente no comércio goianiense há mais de 40 anos, acontece na Praça do Trabalhador, no Setor Norte Ferroviário. Durante muito tempo os comerciantes montaram suas bancas apenas aos domingos, mas após novos acordos com a Prefeitura de Goiânia, a feira passou a funcionar a partir da manhã de sexta-feira.
Embora esteja entre nós por tanto tempo, a história da Feira Hippie ainda é pouco conhecida, mas recheada de curiosidades.
Feira Hippie nasceu como expressão cultural
Nunca foi uma questão exclusivamente comercial. A feira, tida hoje como a maior ao ar livre da América Latina, começou sua história ainda por volta da década de 60, quando alguns jovens do movimento hippie começaram a vender suas peças na região do Mutirama.
Dentro de pouco tempo acabaram se mudando para a Praça Universitária, onde também não deu muito certo. Passaram então para a Praça Cívica e, finalmente, se estabeleceram no local em que permanece até hoje: na Praça do Trabalhador.
A feira nasceu de fato após o Woodstock, um festival de música que ocorreu em 1969 nos Estados Unidos, com a proposta de exemplificar a era da contracultura. Contou com a participação de hippies e pessoas que apoiavam o movimento underground, fazendo com que sua influência permeasse mundo afora.
Após este, que foi considerado um dos momentos mais icônicos da história da música, começaram a surgir diferentes manifestações pelo mundo, principalmente com a criação de feiras de arte. A Feira Hippie entra nessa história como um bom exemplo, que mostrava para as pessoas que existiam outras formas para ganhar dinheiro e os métodos comuns de trabalho não eram realmente tão necessários.
Durante muito tempo o local foi utilizado também como espaço cultural. Ali aconteciam apresentações de bandas que emergiam no cenário independente, declamações de poesias e diversas performances.
Transformação
À medida que o tempo foi passando, a característica principal da Feira Hippie também foi se transformando. O caráter hippie foi se perdendo aos poucos, embora ainda tenha seu espaço. Pessoas de diversas partes da cidade começaram a montar suas bancas no local, fazendo com que o espaço ganhasse mais força e um público completamente plural.
Hoje, quem vai até o lugar pode encontrar boa variedade de produtos, que vão desde peças de artesanato e porcelanas, até comidas e vestuário, esse que por sinal, se consolidou como o ponto forte da feira. De sexta a domingo é possível encontrar turistas e comerciantes que saíram de sua terra natal apenas para conhecerem o espaço ou para comprarem peças com a intenção de revender.
Para ajudar no processo de busca pelo produto, há um aplicativo chamado Feira Hippie Oficial, que pode ser baixado na Play Store e funciona como um guia para quem não quer se perder dentro da Feira. Se você está pensando em fazer uma visitinha e ainda não conhece o ambiente, pode baixar clicando aqui!