Após quase 30 anos exercendo mandatos políticos e, automaticamente, contando com foro privilegiado, Marconi Perillo (PSDB), emitiu ontem (7/10) uma nota oficial na qual comenta sua derrota na corrida ao Senado Federal.
O ex-governador seguia líder nas pesquisas de intenção de voto para o Senado, até o momento em que foi deflagrada a operação da PF, Cash Delivery, na qual envolveu seu nome e políticos próximos a ele.
No dia 28 de setembro, a PF deflagrou a Cash Delivery baseada em delações premiadas de executivos da Odebrecht, relacionando o nome de Marconi Perillo ao recebimento de propina voltada à campanhas do tucano em 2010 e 2014.
Com a enorme repercussão negativa da operação, noticiada nacionalmente, Marconi caiu para a 4ª posição nas pesquisas, quadro que se deteriorou e culminou na 5ª colocação apurada, com 7,55% dos votos válidos, segundo a contagem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fazendo com que fosse derrotado.
Em dados consolidados, o ex-governador ficou atrás de Vanderlan (PP), 31,35%; Jorge Kajuru (PRP), 28,23%; Wilder Morais (DEM), 14,43%; e da aliada Lúcia Vânia (PSB); 9,42%. Abaixo do Tucano, ficaram apenas Agenor (MDB, 3,56%); Professora Geli (PT, 2,41%), Luís Cesar Bueno (PT, 1,84%), Fabrício Rosa (PSOL, 0,83%); e Professora Magda Borges (PCB, 0,37%). Santana Pires (Patriotas) e Professor Alessandro Aquino não registraram votos.
Na política desde 1991, Marconi Perillo fica sem mandato e perde foro privilegiado
Marconi iniciou na política em 1991, ano em que foi eleito como deputado estadual. Em 1994, Perillo ganhou a eleição para deputado federal pelo PP, sendo o sexto mais votado. Em 1998, Marconi foi eleito governador de Goiás, já pelo PSDB. Foi reeleito em 2002, cumprindo o mandato até 2006, quando foi eleito ao Senado Federal. Voltou a ser eleito e reeleito governador de Goiás em 2010, ficando no mandato até o início de 2018, quando se licenciou para concorrer ao Senado.
Em nota, Marconi comentou a derrota
“Em nota, Perillo falou sobre o resultado negativo com agradecimentos aos eleitores, a Deus, a goianos, e profissionais e apoiadores que “marcharam” com ele durante o tucanato. “Encerro essa disputa de cabeça erguida, com a cristalina convicção de que nosso legado ficará registrado na memória dos goianos e nos livros de história. Um marco sem precedentes de realizações, de transformações, de transparência e de honestidade”.
Encerrada a apuração dos votos dos quase 3,5 milhões de goianos que compareceram às urnas para escolher seus representantes, as minhas palavras são de gratidão.
Gratidão a Deus, por estar sempre comigo nesta bela e recompensadora missão de dar as mãos ao nosso povo para ajudar a transformar Goiás num lugar cada vez melhor para se viver.
Gratidão e apreço pelos goianos, que me elegeram para sete mandatos, quatro deles como governador do meu Estado, confiança dispensada apenas a mim até hoje.
Gratidão aos amigos, profissionais e apoiadores que marcharam comigo nesta jornada, sempre obstinados e dispostos a dar o melhor de si mesmo diante das missões mais árduas.
Gratidão à minha família, que me apoiou mesmo diante de incontáveis dias longe de casa para cumprir a honrosa e elevada missão de servir à minha terra, à minha gente, ao meu Estado e ao meu País.
Encerro esta disputa de cabeça erguida, com a cristalina convicção de que nosso legado ficará registrado na memória dos goianos e nos livros de história. Um marco sem precedentes de realizações, de transformações, de transparência e de honestidade.
Gratidão, porque fizemos uma campanha limpa e democrática, na qual prevaleceu o desejo da maioria dos goianos, do maior ao menor município. É justamente assim que tem de ser e assim prosseguiremos.
Tenho agora a oportunidade de me dedicar muito mais à minha família, à minha saúde, aos meus amigos e ao meu primeiro neto, que em breve virá ao mundo.
Aos eleitos, meus sinceros votos de sucesso e a convicção de que se empenharão arduamente para manter Goiás no caminho do avanço e para recolocar o Brasil na rota do desenvolvimento econômico e humano.”