O contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, voltou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica na tarde desta quarta-feira (3/10). O equipamento foi reinstalado na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, em Aparecida de Goiânia. Ele cumpre pena de quatro anos, em regime semiaberto, por fraudes na Loterj e está sem a tornozeleira desde o dia 21 de agosto.
A determinação para que o bicheiro voltasse a usar o equipamento foi dada pelo juiz Oscar de Oliveira Sá Neto, da 3ª Vara de Execução Penal, a pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO). No dia 20 de agosto o juiz substituto Levine Raja Gabaglia Artiaga permitiu que fosse retirada a tornozeleira, além de viagens trabalho por até três dias para qualquer lugar do país.
Carlinhos Cachoeira deve seguir regras do regime semiaberto
Segundo a decisão, “todos os apenados do regime semiaberto obrigatoriamente deveriam ser monitorados eletronicamente, o que foi muito mais benéfico para todos os apenados, que hoje podem trabalhar em período diurno e se recolher em casa, longe do cárcere, graças ao sistema de monitoração eletrônica, cuja instalação do equipamento de fiscalização é obrigatório.”
O juiz reforçou que Carlinhos Cachoeira deve exercer as atividades referentes ao trabalho apenas em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Fora do horário de expediente, o contraventor deve estar em casa, assim como aos sábados, domingos e feriados, além de cumprir outras regras do regime semiaberto, como atender prontamente às intimações da Justiça, DGAP, Polícia e fornecer todas as informações requisitadas pela Central de Monitoramento e conduzir RG com cópia da decisão judicial e, quando for o caso, autorização de viagem ou de prorrogação de horário.
Cachoeira também está proibido de frequentar bares, boates e casas noturnas que vendem bebidas alcoólicas e fica proibido de ingeri-las, além de se comportar de forma que possa afetar o normal funcionamento da tornozeleira, como tentar desligá-la ou dificultar a transmissão de informações.
Carlinhos Cachoeira é condenado por fraudes na Loterj
O bicheiro Carlinhos Cachoeira foi condenado por fraudes na Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). A condenação está relacionada com o caso que foi investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, em 2004, que apurou o uso de casas de bingo para lavagem de dinheiro.
No dia 23 de maio, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena de Carlinhos Cachoeira, de seis anos e oito meses para quatro anos. Já no dia 7 de junho, Carlos Augusto Ramos foi transferido para a Colônia Agroindustrial de Regime Semiaberto, em Aparecida de Goiânia.
Cachoeira assumiu o cargo de consultor comercial, na empresa Villifarm Hospitalar, com carga horária mínima de oito horas por dia, entrando às 8h e saindo às 18h, com intervalo para almoço. A sede da Villifarm fica no Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia e atende hospitais privados, farmácias e UTI’s.