A Sinfônica do Estado de São Paulo lançou ontem sua temporada 2019. O tema será Futuros do Passado – nome sob medida para um ano em que se celebram os 20 anos da inauguração da Sala São Paulo, os 50 do Festival de Campos do Jordão, os 10 anos de Arthur Nestrovski como diretor artístico, a despedida de Marin Alsop do posto de diretora musical e regente titular e no qual será feita a escolha do novo maestro.
A temporada começa com Alsop, em 21/3. Ao longo do ano, ela vai comandar 8 dos 28 programas previstos. Ela rege, por exemplo, as sinfonias nº 8 e nº 4, encerrando um ciclo de Mahler. A maestrina rege ainda as quatro sinfonias de Schumann na orquestração feita por Mahler, além de obras do chinês Huang Ro, compositor visitante do ano – e um programa com o barítono Paulo Szot, artista em residência. A despedida de Alsop será em dezembro, com a Nona Sinfonia de Beethoven. A apresentação integra o projeto All Together, que inclui oito orquestras nos cinco continentes, regidas por Alsop: em cada país, o movimento final da sinfonia, a Ode à Alegria, será cantado na língua local.
Entre os maestros convidados, destaque para Nathalie Stutzmann, que vai reger A Paixão Segundo São Mateus de Bach; Robert Treviño, que rege a Sinfonia nº 3 de Scriabin; e Neil Thomson, que celebra o centenário de Claudio Santoro com a apresentação da Sinfonia nº 7; e Heinz Holliger, que toca com o Quarteto Osesp e rege dois programas sinfônicos, um deles com Des Canyons aus Étoiles, de Messiaen. O violoncelista Pieter Wispelwey toca Shostakovich com a orquestra e Schubert com o Quarteto da Osesp. Thomas Zehetmair fará duas semanas de apresentações. O pianista Kirill Gerstein vai interpretar o Concerto de Schönberg e a Rhapsody in Blue de Gershwin. O pianista Lucas Thomazinho vai tocar a Totentanz, de Liszt; Cristian Budu, o Concerto de Schumann; Simon Trpceski, o Concerto nº 3 de Bartók; e Jorge Luis Prats, o Concerto nº 3 de Rachmaninov.
O violoncelista brasileiro Antonio Meneses vai estrear o Concerto para Violoncelo de Marlos Nobre, uma das encomendas do ano (há ainda peças de Felipe Lara e Arrigo Barnabé, entre outros). Depois da integral das sinfonias de Villa-Lobos, a Osesp inicia a gravação dos Choros de Camargo Guarnieri, com apresentações antes do início da temporada com Isaac Karabtchevsky.
A temporada 2019 também terá o anúncio do nome do novo regente titular. O grupo trabalha com junho como prazo final para o anúncio da escolha. Segundo Arthur Nestrovski, a escolha do nome tem a ver com uma reflexão a respeito do momento que vive a Osesp. “É a partir de uma reflexão a respeito do protagonismo que queremos ter daqui para frente que vamos buscar um nome. A Osesp pode ter um protagonismo institucional maior do que tem hoje. Estávamos preocupados, nos últimos anos, em resolver outras questões, mas agora devemos enfrentar essa realidade. E isso passa necessariamente por uma maior aproximação com o público.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.