Os macedônios decidem em referendo neste domingo se aceitam um acordo do governo com a Grécia que mudaria o nome do país europeu para a Macedônia do Norte, abrindo caminho para a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O acordo encerraria uma disputa que data do início dos anos 1990, quando a Macedônia declarou sua independência da Iugoslávia. A Grécia argumentou que o nome de seu vizinho implicava ambições territoriais sobre a província grega da Macedônia e bloqueou os esforços do país para se juntar à Otan.
O acordo tem enfrentado oposição em ambos os lados da fronteira, com detratores acusando os seus respectivos governos de fazer muitas concessões para o outro lado. Na Macedônia, os que se opõem ao acordo pedem aos eleitores que boicotem o referendo de domingo. Os críticos incluem o presidente Gjorge Ivanov, que chamou o acordo com a Grécia de “flagrante violação da soberania”.
A participação pode ser um fator crucial sobre o que acontecerá na sequência. Um alto comparecimento às urnas ajudaria o primeiro-ministro da Macedônia, Zoran Zaev, que negociou o acordo com a Grécia, a convencer os legisladores a votar mudanças constitucionais necessárias para que o acordo se torne definitivo. Os defensores do acordo, liderados por Zaev, ressaltam que a votação pode impulsionar a prosperidade futura do país por determinar a sua capacidade de entrar na Otan e, eventualmente, na União Europeia.
O chefe da Comissão Eleitoral Estatal, Oliver Derkoski, disse que o comparecimento às 17h (horário local), duas horas antes do fechamento das urnas, era de 28,8%. Fonte: Associated Press.