Em nova demonstração da sua enorme força no vôlei, a seleção brasileira masculina conquistou neste sábado, em Turim, na Itália, a vaga na final de um Campeonato Mundial da modalidade pela quinta vez consecutiva ao vencer a Sérvia por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/21 e 25/22, em uma hora e 28 minutos de confronto.
Campeão do mundo em 2002, na Argentina, em 2006, no Japão, e em 2010, na Itália, o Brasil ainda foi vice em 2014, na Polônia, onde perdeu o título para os donos da casa. Todos estes feitos foram conduzidos pelo supervitorioso técnico Bernardinho. Agora, sob o comando de Renan Dal Zotto, o time nacional buscará um histórico tetracampeonato neste domingo.
O rival na decisão será definido ainda neste sábado, a partir das 16h15 (de Brasília), no confronto entre Estados Unidos e Polônia, também em Turim, na outra semifinal da competição, que teve a Bulgária como sede junto com a Itália. A final deste domingo está marcada para começar também às 16h15.
Essa será também a sexta vez na história que a seleção masculina do País jogará uma final de Mundial. Antes de alcançar essas cinco de forma consecutiva, a chamada “geração de prata” do vôlei brasileiro, que foi vice-campeã olímpica em Los Angeles-1984, alcançou a decisão na edição de 1982 do torneio, quando foi superada pela poderosa União Soviética.
Por sinal, só a extinta União Soviética, com oito participações no confronto que valeu o título, jogou mais finais do Mundial Masculino de Vôlei do que o Brasil, que ainda igualou neste sábado um feito da também extinta Checoslováquia, que jogou seis decisões – e de forma consecutiva – entre 1949 e 1966. Os checos, porém, só ganharam duas destas finais, enquanto os soviéticos conquistaram seis títulos em oito oportunidades. Depois, em 2002, a Rússia foi vice-campeã ao ser derrotada pelos brasileiros na decisão.
Ao bater a Sérvia pela terceira vez em uma semifinal de Mundial, o Brasil também manteve a sua rotina de avanço às finais das principais competições do vôlei. Há pouco mais de dois anos, em outra grande decisão, contra a Itália, faturou o ouro na Olimpíada do Rio, em 2016, depois dos títulos olímpicos nos Jogos de Barcelona-1992 e Atenas-2004. Para completar, ganhou duas pratas ao cair no duelo do título em Pequim-2008 e Londres-2012.
No confronto deste sábado, o time brasileiro foi superior principalmente nos dois primeiros sets e só sofreu um pouco mais na última parcial, quando por três vezes precisou buscar uma desvantagem de três pontos no placar. Os sérvios tentaram intimidar os comandados de Renan com algumas provocações no início deste set, mas a equipe nacional manteve o sangue frio e deslanchou no fim para alcançar o triunfo.
Douglas Souza se destacou como maior pontuador do Brasil, com 11 acertos, enquanto o central Lucão também brilhou com 10 pontos, sendo sete deles em bloqueios. Ele superou dores no cotovelo que o fizeram sofrer atendimento médico do segundo set e foi um “paredão” na rede, pois o time nacional somou nove pontos ao total neste fundamento. Wallace e Maurício Souza, com nove pontos cada, foram outros nomes importantes desta vitória brasileira.
O sérvio Aleksandar Atanasijevic, com 16 acertos, foi o maior pontuador do jogo, enquanto Uros Kovacevic somou outros 14 pela seleção europeia, que agora lutará pelo bronze no Mundial, neste domingo, contra o perdedor do duelo entre Estados Unidos e Polônia.